Ainda que nos meses de agosto e setembro os valores das cestas básicas tenham diminuído um pouco, os preços delas continuam altos, bem como dos produtos que as compõem.
As altas nos preços se dão por diversos motivos, sendo a inflação um dos principais, a qual continua nas alturas e, dificilmente, irá baixar ainda neste ano de 2022.
Quem vai no mercado todos os meses, ou toda semana, com certeza nota ainda mais de perto a mudança drástica nos preços dos alimentos considerados básicos para as famílias, tais como carnes, arroz, feijão, leite, café e outros.
E ainda que algumas pessoas consigam fazer um bom controle financeiro para ir ao mercado sempre que necessitam, essa não é a realidade da grande maioria da população brasileira que, geralmente, vive com o mínimo ou menos ainda.
Confira neste post mais informações a respeito dos valores da cesta básica em algumas capitais brasileiras, bem como qual seria o valor ideal do salário mínimo para atender as necessidades básicas da população.
Agora, vamos falar sobre o preço da cesta básica em si? De acordo com algumas pesquisas que foram realizadas recentemente, o valor da cesta básica caiu em 12 entre as 17 capitais brasileiras onde as pesquisas foram realizadas. As capitais que foram incluídas nas pesquisas foram as seguintes:
Após as pesquisas, foi constatado que o valor mais baixo de cesta básica é referente a cesta da capital de Aracaju, custando por volta de R$518,68, valor este que já é considerado bem alto, pois é quase metade do valor do salário mínimo do Brasil atualmente (R$1.212).
Estes números só demonstram o quanto o poder de compra dos brasileiros caiu nos últimos anos, o que é bastante preocupante, visto que aqui estamos falando apenas de ítens básicos, os quais deveriam ser acessíveis para todos os brasileiros.
Veja a seguir qual é o valor de uma cesta básica nas 17 capitais brasileiras que participaram das pesquisas em ordem crescente, ou seja, do preço mais baixo para o preço mais alto:
Note que na grande maioria das capitais o valor da cesta básica ultrapassa muito mais da metade do valor do salário mínimo pago aos brasileiros, mas independente disso, os valores são mais altos do que deveriam ser considerando o valor do salário mínimo.
Dos alimentos que estão presentes na cesta básica, os que mais contribuíram para o aumento dos preços foram a batata, o feijão carioquinha, o tomate, o óleo de soja, o macarrão, a mandioca e a farinha de trigo.
Mas, de acordo com as pesquisas feitas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), existem muitos fatores que colaboram com o aumento do valor da cesta básica, o que significa que não devemos atribuir a culpa somente à inflação. Isso porque as alterações que acontecem nas safras e no clima também contribuem para a alta de alguns alimentos.
Por fim, não há como falar deste assunto tão importante sem falarmos do valor do salário mínimo no Brasil. Como já mencionamos, o salário mínimo conta com o valor de R$1.212 este ano, e se o valor da cesta básica é praticamente metade deste valor, como uma família poderia comer o básico e ainda pagar as demais contas?
É claro que esta é uma conta que não bate, o que também explica o aumento da pobreza em nosso país.
De acordo com as pesquisas e análises feitas pela Dieese, para que uma família de 4 pessoas, considerando 2 adultos e 2 crianças, conseguisse viver com suas necessidades básicas atendidas no Brasil nos dias de hoje, o valor do salário mínimo deveria ser de R$6.306,97.
Impressionante, não é mesmo? O valor do salário mínimo ideal para uma família viver com o básico no Brasil, é 5,2 vezes maior do que o valor atual do salário mínimo estipulado pelo Governo.
Sendo assim, fica fácil de observar e chegar a conclusão de que, para todas as pessoas e famílias brasileiras conseguirem viver apenas com o básico, o país tem uma longa caminhada pela frente, e é claro que nós, cidadãos, temos um importante papel na mudança no cenário do Brasil.