A história da sapeense Elizabeth Teixeira, líder camponesa e símbolo de resistência, será contada no longa-metragem “Quem é Elizabeth?”, da produtora paraibana Carambola Filmes. O projeto foi um dos selecionados pelo edital federal Ruth de Souza e está em fase de roteirização.

Elizabeth, que completa 100 anos no próximo dia 13 de fevereiro, teve sua trajetória marcada pela luta no campo e pelos impactos da ditadura militar brasileira. Viúva do líder camponês João Pedro Teixeira, a paraibana precisou viver 17 anos na clandestinidade após ser ameaçada de morte.

A direção do filme é de Inês Figueiró, experiente no cinema brasileiro, e o roteiro tem a assinatura de Kátia Dumont, que se inspirou em uma entrevista com Elizabeth para desenvolver o projeto.

O longa é uma produção da Carambola Filmes e foi contemplado no edital federal Ruth de Souza 2023, cujos recursos são do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), voltado a obras dirigidas por mulheres cis ou transgênero estreantes e apresentadas por meio de produtoras brasileiras independentes.

A produção também contou com apoio de iniciativas como o Laboratório de Desenvolvimento de Projetos Audiovisuais da Funjope e a Mentoria em Roteiro “Paradiso Multiplica”.

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Com estreia prevista para os próximos anos, “Quem é Elizabeth?” busca resgatar a memória e o legado de uma das maiores líderes camponesas do Brasil.

“Realizar uma cinebiografia de uma personagem como Elizabeth Teixeira é um convite a mergulhar na história das lutas sociais brasileiras e um desafio excitante, principalmente, porque o tema é muito latente ainda no Brasil. Sabemos que temos uma história de grande potencial dramático e, ao mesmo tempo, poética e apaixonante sob vários aspectos”, afirmou Drica Soares, produtora executiva da Carambola Filmes.

“É fundamental levar ao público a história das nossas heroínas, das mulheres corajosas que mostram a força da voz e da ação feminina na sociedade brasileira. Elizabeth é uma dessas grandes mulheres e é uma honra poder estar nesse projeto”, declarou a diretora Inês Figueiró.