Tido como um dos principais nomes que trabalham por uma convivência pacífica entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os demais Poderes, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) diz que não tem dúvidas de que o mandatário irá respeitar o resultado das urnas nas eleições deste ano, independente de qual seja.
“O presidente é um grande democrata. Se tem uma pessoa que respeita a democracia no país é o presidente”.
Nogueira reconhece que o Auxílio Brasil, durante a pandemia, foi responsável por ajudar na recuperação de popularidade de Bolsonaro, e acredita que a agenda econômica deve decidir a eleição este ano.
Sobre a má avaliação do governo, apontado em pesquisas recentes, o ministro põe a culpa na pandemia. “Não dá para comparar o nosso governo com os anteriores. Quem foi melhor primeiro-ministro, o (Winston) Churchill, a Margaret Thatcher ou o Boris Johnson? Ninguém enfrentou uma guerra como o Churchill, como ninguém enfrentou uma pandemia como o Bolsonaro. Não tenho dúvida de que o próximo governo do Bolsonaro será muito melhor. Por isso, acho que o presidente tem direito a esse segundo mandato”, afirmou em entrevista a Veja.
Ele também não poupou críticas ao PT, disse que a CPI da Covid foi um “espetáculo desnecessário” e que o Brasil é um “exemplo para o mundo de combate à pandemia”. Também não faltaram alfinetadas ao presidenciável Lula, principal concorrente de Bolsonaro nas eleições deste ano até o momento.
“O grande adversário do Lula na próxima eleição será o Lula de 2002. O Lula de 2022 é muito pior do que o Lula de 2002. Ele agora diz que vai revogar a reforma trabalhista, intervir no preço da Petrobras, acabar com teto de gastos. Meu Deus, o dólar vai para 20 reais. É um Lula que vem magoado porque foi preso, cercado de pessoas que sofreram nos aeroportos, nos restaurantes. É um Lula mais próximo da Venezuela, de Cuba, do que de um país que possa se integrar ao mundo desenvolvido”, disse Ciro.
Quando questionado sobre a fama do Centrão em apoiar todos os governos, o chefe da Casa Civil disse que não pode falar por todo mundo.
“Os partidos de centro correspondem hoje a 70% do Congresso, e eu não posso falar por todos. Eu falo pelo Progressistas e jamais apoiaria um governo que nos remetesse ao passado, como é o governo do PT. Eu vejo o PT hoje como aquelas novelas que têm de ser reprisadas, e a gente é obrigado a assistir. Eu acho que as pessoas querem novelas novas, histórias novas”, emendou.