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Análise: a empresa A e C trouxe a Faria Lima para JP e CG
23/02/2023 / 20:38
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Não sei de quem foi a ideia, mas o gestor que teve a iniciativa de atrair essas empresas de call center para a Paraiba, fez um golaço.

Basta dar uma espiadinha nos dados do Caged do ano passado. A economia paraibana gerou 23.011 empregos com carteira assinada no ano de 2022, de acordo com o Ministério do Trabalho.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o número é 32,7% menor do que o registrado no ano de 2021, quando foram gerados 34.215 empregos. O dados do acumulado anual foi divulgado no dia 31 de janeiro deste ano.

Ao todo foram registradas na Paraíba 191.472 contratações e 168.461 demissões.

Os números de 2022 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia local. O setor de serviços foi o que mais registrou admissões (11.910 mil), seguido pelo comércio (4.607), indústria (3.658) e construção (2.692).

A agropecuária registrou o menor número de contratações em 2022, com apenas 144 admissões, o que é preocupante.

Na semana anterior ao carnaval, o prefeito de Campina Grande, Bruno cunha Lima (PSD e o senador Veneziano Vital (MDB), soltaram releases para a imprensa destacando que a empresa A e C, emprega quase 10 mil pessoas só em Campina. Quando somamos com João Pessoa, a A e C é responsável diretamente por mais de 13 mil postos de trabalho.

Isso significa que a Paraíba ao invés de ficar brigando com montadoras de automóveis que impõem inúmeras condições para se instalar no estado, deveria lutar para atrair empresas com esse perfil ou até mesmo oferecer mais condições para a própria A e C trazer operações de outras regiões para cá.

É mercado de trabalho com carteira assinada de forma ágil. É uma porta aberta para o primeiro emprego numa das maiores empresas do segmento do país. O próprio Caged mostra cerca de sete mil pessoas com menos de 24 anos trabalhando nessa empresa.

Ora, enquanto o mundo assiste alarmado os inúmeros layoffs (demissões em massa) das chamadas big techs globais, essas empresas de contact center seguem sendo importantes fontes de geração de empregos formais, principalmente fora do eixo Rio e São Paulo que sempre fica com o filé.

Ao que nos parece essa A e C é líder no mercado brasileiro em atendimento ao cliente e conta com 43 mil colaboradores distribuídos em 17 unidades em sete estados do país, entre os quais a Paraíba, nas cidades de Campina Grande e João Pessoa.

Eles atendem bancos, grandes lojas de varejo, setor de automóveis, bebidas e meio mundo de gente grande que jamais poderia imaginar ter seu time de call center numa cidade do interior do Nordeste.

Temos ou não temos aí uma saída para potencializar o nosso aumento de empregos? Essa A e C abriu uma avenida entre a Faria Lima e a Paraíba.

Vamos aproveitar?