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Análise: Alhandra passa Bayeux, Conde e mira Cabedelo no ICMS
24/02/2023 / 05:42
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O portal Paraíba Já, publicou uma matéria no final de semana mostrando que o Governo da Paraíba destinou aos 223 municípios do Estado R$ 2,105 bilhões em repasse dos tributos estaduais (ICMS e IPVA) recolhidos ao longo do ano passado.

O carro-chefe do repasse aos municípios é a cota-parte do ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação), que destinou R$ 1,866 bilhão aos municípios em 2022. Outros R$ 239 milhões vieram do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores).

O que nos chama a atenção é a ascensão de alguns municípios e o declínio de outros.

Vejam só:

Os 13 municípios que mais receberam cota-parte do ICMS em 2022 foram: João Pessoa (22,84% ou R$ 426,3 milhões); Campina Grande (13,96% ou R$ 260,7 milhões); Cabedelo (9,20% ou R$ 163 milhões); Alhandra (4,17% ou R$ 77,855 milhões); Conde (1,76% ou R$ 32,839 milhões); Bayeux (1,46% ou R$ 27,358 milhões); Sousa (1,37% ou R$ 25,742 milhões); Pitimbu (1,13% ou R$ 21,104 milhões), Cajazeiras (1,04% ou R$ 19,551 milhões); Guarabira (1,04% ou R$ 19,518 milhões); e Mamanguape (1,04% ou R$ 19,5 milhões).

Primeiro, é estranho o município de Patos não constar na lista, talvez por algum erro pois Patos hoje cresce a olhos vistos. O que nos impressiona mesmo é o desempenho de Alhandra passando Bayeux, Conde e mirando Cabedelo.

Alguém poderia dizer que é porque ela se beneficia com industrias de vários setores, o que é verdade. Mas, para ter tais indústrias alguém fez o dever de casa, criou um bom ambiente de negócios, respeitou contratos e passou confiança aos investidores.

O problema é que na maioria desses municípios os gestores são mal assessorados. Aposto que poucos se deram o trabalho de analisar esses números e montar um plano de ação identificado pontos de melhoria.

A maioria não tem preparo para governar. Passa os quatro anos retroalimentando a pobreza com a velha política do contra-cheque e de programas sociais. Geração de empregos, zero.

O governador João Azevedo tem dito que fará um governo bem municipalista e está totalmente certo. Poderia bancar um estudo para viabilizar o potencial econômico de pelo menos dez municípios do Estado.

Deixaria a semente plantada.