As campanhas recentes, muitas delas encerradas neste domingo (6), mostram que o antigo modelo de atuação política esporádica já não tem mais espaço. Com as redes sociais revolucionando a comunicação, políticos precisam manter uma presença contínua e estratégica. Não se trata apenas da presença física – como participar esporadicamente de cafés ou almoços com correligionários –, mas de um posicionamento comunicativo consistente, alinhado aos temas e pautas do momento. Surgir apenas nos meses que antecedem a eleição não é suficiente; é fundamental construir uma conexão permanente com o eleitor por meio de interação e diálogo contínuos.

A nova dinâmica exige conteúdo relevante e constante. O público, cada vez mais conectado, acompanha seus representantes em tempo real e espera respostas rápidas. Quem limita sua presença a períodos eleitorais perde relevância para líderes que permanecem atentos às demandas diárias da sociedade. Em resumo, não basta aparecer; é preciso saber como e quando aparecer.

O eleitor moderno valoriza autenticidade e consistência. Políticos que surgem apenas durante a campanha são percebidos como oportunistas e comprometem sua credibilidade. Por outro lado, uma comunicação constante fortalece a confiança e constrói uma reputação sólida e duradoura ao longo do tempo.

O tempo de contratar publicitários às vésperas da eleição ficou para trás. Na política contemporânea, é essencial contar com uma equipe de comunicação e profissionais com visão estratégica, seja para quem tem mandato ou para quem deseja conquistá-lo.

Portanto, a nova política exige engajamento diário, tanto nas plataformas digitais quanto nas interações presenciais. Manter-se presente 24 horas por dia, sete dias por semana, tornou-se indispensável para criar vínculos profundos e significativos com o eleitorado. Desaparecer entre eleições já não é uma opção viável para quem deseja prosperar na vida pública.