*Ruy Dantas

Estava eu aqui diante dos meus alfarrábios digitais, digamos assim, para escrever o segundo artigo sobre inteligência artificial (IA) que, conforme anunciado semana passada, abordaria “Como usar a IA”. Vou seguir nesse propósito, porém, a velocidade dessa tecnologia é tão louca, tão absurdamente rápida, que é necessário fazer um preâmbulo do que aconteceu de domingo passado pra cá (quinta-feira, 16).

Tá difícil de acompanhar, tá complicado e, por isso mesmo, merece toda, toda nossa atenção com relação não só ao que está posto, mas principalmente ao que avançou em menos de uma semana, vejam, uma semana.  É quase um modelo novo de Iphone em poucos dias, para citar uma metáfora que gosto de utilizar.

Volto a fazer menção da história da  eletricidade que citei no artigo da semana passada (aproveito para convidar quem não leu a acessá-lo neste link aqui): inteligência artificial é a nova eletricidade, segundo Andrew Ng, um cientista da computação, empresário americano e especialista em IA. Como estou muito imerso neste assunto, quase discordo dele eh eh eh eh… Calma, explico.

Todos sabemos que a eletricidade foi um marco fundamental para a humanidade, permitindo expansão da comunicação, transportes, produção em massa de bens e serviços, inovação na medicina etc, além, é claro, do uso doméstico, gerando conforto e qualidade de vida.  O marco histórico da era da eletricidade remonta a 1800, iniciozinho do século XIX, quando Alessandro Volta descobriu a corrente elétrica. A partir daí, começou a profunda transformação do mundo, mas foi no século XX que a eletricidade ganhou utilização plena e em massa, substituindo energia hidráulica e a vapor.

Então, percebe onde quero chegar? Com relação à eletricidade, a humanidade contou século, décadas. Com a inteligência artificial estamos contando dias e, pelo andar da carruagem, talvez horas. A revolução é e será tão profunda que hoje não há um só setor que não esteja discutindo em eventos, fóruns, seminários, laboratórios, salas de reunião, whatever, os impactos e os riscos da IA em suas áreas de atuação. Falarei mais sobre isso em breve em outro artigo.

Há quem diga que é a nova corrida do ouro. Eu diria que é água morro abaixo. Metáforas à parte, o fato é que entre domingo passado e hoje, enquanto escrevo, foi lançada outra versão do ChatGPT, a ferramenta mais comentada, analisada e até mesmo temida do momento. A nova edição – o ChatGPT 4 – é multimodal e inclui novos features. Além de textos, aceita diversos formatos, incluindo imagens, áudios e vídeos, e consegue processar tudo de uma vez só, com respostas mais completas e com menor índice de erros. A própria ferramenta se auto anuncia como uma versão com respostas mais seguras. Daí, vem também a necessidade de termos uma postura crítica diante dessas transformações, o que talvez, e eu reforço que só posso dizer talvez, inteligência artificial nenhuma vai ter ou vai nos dar. Mas, veja, isso é uma inferência minha e que pode mudar semana que vem.  A única coisa que posso afirmar categoricamente é que estamos todos, sem exceção, diante de uma verdadeira e gigantesca revolução, impactando tudo e a todos.

O uso do GhatGPT 4, por enquanto, está restrito a assinantes e, acredite, tem uma fila enorme para acessá-lo. Mas não se preocupe, o que diferencia as duas versões – a 3.5 da 4 – só é percebida em tarefas mais complexas. Com toda a infinidades de possibilidades que a IA nos impõe, cabe a nós fazermos perguntas melhores e lembrar sempre: Quem chega primeiro bebe água limpa.

Portanto, vamos ao passo a passo para começar a utilizar essa potente ferramenta. Já está claro que o ChatGPT vai além de um chatbot capaz de responder perguntas. Sua capacidade de criar diálogos mais fluidos e realistas o torna uma ferramenta valiosa e pode ser utilizada para inúmeras tarefas, lembrando que o mais importante para otimizar a utilização da IA é a boa elaboração das perguntas e das solicitações feitas. O próprio chatbot alerta “posso gerar  respostas que não são 100% precisas ou relevantes para sua pergunta. Utilize a ferramenta com moderação e avalie criticamente as respostas geradas.

Passo a passo:

1. Acesse o site do OpenAI (https://beta.openai.com/) e clique em “Get Started for Free” para criar uma conta gratuita. Você receberá um código por email para confirmar a criação da conta.
2. Após fazer login, você será redirecionado para a página do ChatGPT.
3. Digite sua pergunta ou tópico de interesse na caixa de texto.
4. Aguarde alguns segundos para que o ChatGPT gere uma resposta.
5. Leia a resposta gerada pelo ChatGPT e, se necessário, faça mais perguntas para esclarecer ou aprofundar o assunto.
6. Quando estiver satisfeito com a resposta do ChatGPT, você pode copiar e colar o texto gerado para usá-lo onde precisar.

Obs: O ChatGPT é uma ferramenta em inglês, então pode ser necessário traduzir as perguntas ou respostas para o português usando um serviço de tradução online, como o Google Tradutor ou o próprio chatbot.