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Menos da metade da geração Z consome álcool
14/04/2024 / 09:54
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A Geração Z, composta por pessoas nascidas entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2010, tem demonstrado um padrão de consumo de álcool diferente das gerações anteriores. 

Uma análise sobre essa mudança de comportamento revela vários fatores que influenciam a redução no consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens dessa geração.

Segundo a MindMiners, a partir do estudo “O Dossiê das Bebidas”, somente 45% do grupo consome algum tipo de bebida alcoólica.

A tendência se deve, sobretudo, à falta de interesse (58%) e ao sabor das bebidas (35%). Ainda, 30% afirmaram não gostar dos efeitos do álcool, 19% querem melhorar a qualidade de vida e 17% não bebem devido a questões religiosas.

A pesquisa foi feita a partir da plataforma de consumer insights da MindMiners e ouviu 3 mil pessoas a nível nacional. No geral, mais da metade (45%), afirmaram consumir bebidas alcoólicas e disposição em pagar mais por bebidas que promovem benefícios à saúde, com destaque às mulheres.

Nota-se, que a geração Z tende a ser mais consciente em relação à saúde e ao bem-estar. Há uma preocupação crescente com hábitos saudáveis e com a manutenção de um estilo de vida equilibrado, o que inclui uma menor ingestão de álcool. Muitos jovens preferem alternativas mais saudáveis, como sucos naturais ou bebidas sem álcool.

Além disso, as redes sociais desempenham um papel importante ao influenciar comportamentos e estilos de vida. O compartilhamento constante de informações sobre saúde, nutrição e bem-estar pode impactar as escolhas dos jovens em relação ao consumo de álcool. 

Além disso, muitos jovens da Geração Z têm acesso a mais informações sobre os efeitos negativos do álcool, o que pode levá-los a tomar decisões mais conscientes.

Outro fator a considerar é a maior conscientização sobre os riscos associados ao consumo excessivo de álcool, como dependência, problemas de saúde física e mental, e questões relacionadas à segurança, como dirigir sob influência. 

A Geração Z tem mostrado mais preocupação com questões sociais e éticas, o que pode levá-los a evitar comportamentos que consideram prejudiciais.

Some-se a isso, a pressão social para consumir álcool também parece estar diminuindo entre a Geração Z, com mais jovens se sentindo confortáveis em escolher não beber. A aceitação de diferentes estilos de vida e escolhas individuais pode ter um papel importante nesse aspecto.

Por fim, a disponibilidade de alternativas sem álcool e a tendência crescente de bares e eventos sociais oferecerem opções não alcoólicas podem contribuir para a redução do consumo de álcool entre os jovens.

Para a indústria de bebidas, o estudo mostra que ela parece ter as mesmas dificuldades que o tabaco enfrentou no passado. Somente após décadas nas cordas, ela reinventou-se criando o cigarro eletrônico que faz mal do mesmo jeito, mas voltou a ser moda. 

Para governos e entidades de saúde pública a notícia é sem dúvidas um grande alívio.