A movimentação de Michelle Bolsonaro nos bastidores do PL ganhou novo capítulo com a saída de Fabio Wajngarten e uma atuação mais direta da ex-primeira-dama nas articulações do partido. Vista como alternativa à candidatura do marido, que está inelegível, Michelle já lidera encontros com parlamentares, dá sinais de força interna e deve dividir o protagonismo com Jair Bolsonaro no evento do PL Mulher em Fortaleza.
Apesar do espaço crescente dentro do partido, sua presença nas redes ainda não empolga. Levantamento da consultoria Arquimedes aponta que ela teve apenas 730 mil menções em 2024, número tímido diante da projeção necessária a uma candidatura presidencial. Mesmo com o apoio de parte da base bolsonarista, Michelle ainda não conseguiu se consolidar como figura política com tração nacional.
Dentro do PL, aliados reconhecem que ela cresce como símbolo de continuidade, mas avaliam que sua força ainda está muito ligada ao capital político do marido. A dúvida permanece: será ela uma herdeira legítima do bolsonarismo ou apenas um nome de transição, útil para manter o grupo unido até 2026?