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O atributo mais importante da liderança
11/12/2025 / 12:40
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Segundo Jonathan Levy, liderança é, antes de tudo, a arte de criar esperança

Segundo o cientista comportamental americano Jonathan Levy, o atributo mais importante de um líder é a sua capacidade de fazer com que as pessoas sintam que terão um futuro melhor.

O líder é aquele que aponta o caminho.

Aquele capaz de persuadir uma sociedade ou um grupo de pessoas de que o seu projeto de futuro, o seu sonho, é o melhor.

Mais do que administrar pessoas ou recursos, o verdadeiro líder é aquele que dá significado às ações sociais. Quando as pessoas acreditam que o que estão fazendo faz parte de algo maior, que contribuem para um propósito coletivo, elas se tornam mais engajadas e dispostas a enfrentar desafios.

Assim, a função do líder não é apenas indicar o caminho, mas também dar sentido à caminhada.

Essa conclusão de Jonathan Levy é fruto de uma pesquisa feita a partir da escuta feita em reuniões com centenas de líderes em diferentes áreas. Ele constatou que a principal habilidade dos líderes bem-sucedidos é fazer com que as pessoas sintam que terão um futuro melhor ao seu lado. Embora esses líderes sejam completamente diferentes em estilo e personalidade, todos compartilham a mesma capacidade de inspirar nas pessoas a sensação de que, ao segui-los, algo em suas vidas irá melhorar.

“Se você faz alguém sentir que vai progredir, vai ganhar mais, ter mais sucesso, educar melhor os filhos… essa pessoa vai te seguir.”

Ainda mais quando se pensa no povo brasileiro, que tem na crença de que “o amanhã será sempre melhor” uma de suas marcas. Um líder que sabe dialogar com esse traço cultural — que reconhece o valor do otimismo e da fé — tem mais condições de mobilizar as pessoas emocionalmente. Sendo assim, o líder que conseguir se conectar emocionalmente com a esperança do povo e souber vender bem uma ideia de futuro terá grandes chances de obter sucesso.

Muito já foi dito sobre o papel fundamental das emoções na política. O líder precisa ser capaz de despertar emoções positivas — esperança, entusiasmo, confiança —, e esse é um grande diferencial. A razão pode convencer, mas é a emoção que move. O líder eficaz sabe combinar lógica e empatia, números e narrativas, para inspirar as pessoas a agir de forma voluntária e convicta. Só assim se geram multiplicadores capazes de levar a mensagem a outras pessoas e de ampliar as conexões.

Portanto, mais do que entregar resultados imediatos, o líder bem-sucedido é capaz de gerar confiança emocional no potencial do que ainda está por vir.

Contudo, para inspirar um futuro melhor, o líder precisa manter a coerência entre discurso e prática. Um líder que promete, mas não cumpre, que não demonstra consistência, perde rapidamente a confiança da sociedade ou do grupo. A persuasão verdadeira nasce da autenticidade: o líder precisa acreditar profundamente na visão que propõe e sustentá-la ao longo do tempo. Para isso, deve criar uma narrativa de progresso contínuo que mantenha o grupo unido ao longo da jornada.

Conclusão.

  1. A liderança eficaz não se mede apenas por resultados tangíveis, mas pela capacidade de inspirar esperança e propósito;
  2. O líder que faz as pessoas acreditarem em um futuro melhor constrói não apenas seguidores, mas parceiros comprometidos com um sonho comum;
  3. Em sociedades como a brasileira, onde o otimismo é um valor cultural forte, a conexão emocional é um ativo estratégico para qualquer liderança.

Portanto, o maior legado de um líder não é o que ele entrega hoje, mas o que ele faz as pessoas acreditarem que podem conquistar juntas amanhã.

sobre
Rodrigo Mendes
Rodrigo Mendes

RODRIGO MENDES é estrategista de marketing político e comunicação pública e institucional com 25 anos de experiência. Coordenou 60 campanhas eleitorais e prestou consultoria para diversos governos, instituições, lideranças e empresas. É publicitário, sociólogo, especialista em marketing e mestre em Ciência Política.

Autor de “Marketing Político – o poder da estratégia nas campanhas eleitorais”; “Marketing Eleitoral – Aprendendo com campanhas municipais vitoriosas” e dos e-books “A falha na distribuição da comunicação”; “O eleitor subconectadoe a realidade do marketing eleitoral no Brasil”; “Marketing Governamental”; “Novas estratégias eleitorais para um novo ambiente político” e “DataMídiaPerformance”.