Em 1989, o Brasil vivia um momento histórico, com a primeira eleição presidencial direta após a ditadura militar. No meio de uma campanha acirrada, surgiu uma figura inesperada: Silvio Santos. O empresário e apresentador, famoso por seu carisma e programas de televisão, entrou na corrida presidencial pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB) em uma manobra surpreendente que abalou o cenário político.
A candidatura de Silvio Santos ganhou força rapidamente, com o apoio popular crescendo em todo o país. Sua imagem de “homem do povo” e a promessa de administrar o Brasil com a mesma eficiência com que conduzia seus negócios fizeram com que ele se tornasse uma ameaça real aos candidatos tradicionais. Nessa jornada, Silvio teve ao seu lado o paraibano Marcondes Gadelha como candidato a vice-presidente. Gadelha, um político experiente, trouxe credibilidade e uma base política no Nordeste, ampliando o apelo da chapa.
Entretanto, a candidatura de Silvio Santos foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido a irregularidades na filiação do PMB, que resultaram na sua retirada da disputa. O episódio se tornou um dos grandes “e se” da história política brasileira, levantando questionamentos sobre o que poderia ter acontecido caso o apresentador tivesse continuado na corrida. Marcondes Gadelha, por sua vez, continuou sua trajetória política, mas sempre lembrado como o “quase vice-presidente” ao lado do icônico Silvio Santos.