Lula, que já aparece em crescimento nas pesquisas, deve ser o maior beneficiário do casuísmo fermentado pela direita na Câmara na chamada “PEC da anistia ao 8 de janeiro”. Somada à da blindagem, forma um combo que especialistas em marketing político veem como combustível para o presidente crescer ainda mais no tabuleiro eleitoral.
A CPI do INSS, que poderia desgastar o governo, passa incólume aos olhos da opinião pública, já que as redes só falam — a favor ou contra — das PECs. E, nesse embate, quem acaba saindo fortalecido é Lula.
O paralelo é inevitável: assim como o tarifaço colocou a direita em maus lençóis, a junção da anistia com a blindagem amplia a percepção de que Lula nada de braçadas em águas cada vez mais tranquilas. O desgaste recai sobre a direita, enquanto a blindagem permitirá que parlamentares enrolados com a Justiça sigam incólumes em seus mandatos — cenário que pavimenta ainda mais o caminho para um quarto mandato do presidente.