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Porque Tacyana Leitão é lembrada para prefeita de Bayeux
06/06/2023 / 13:11
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Nos últimos dias a imprensa tem noticiado que o nome de Tacyana Leitão, esposa do deputado estadual Felipe Leitão (PSD), tem sido lembrado para disputar as eleições de Bayeux em 2024.

Felipe Leitão obteve 8.688 votos para deputado estadual, quebrando o tabu de que os prefeitos da cidade não transferem  votos para candidatos de fora.

Leitão foi um dos protagonistas da campanha de Luciene Gomes para prefeitura de Bayeux. Quando o Capitão Antônio já cantava vitória antecipada, foi ele quem serviu de alicerce para ao lado do deputado federal Damião Feliciano, pavimentar a estrutura partidária que fez a atual prefeita subir como foguete e vencer uma eleição que poucos acreditavam. 

Com a prefeita Luciene eleita, coube ao deputado Felipe Leitão tirar as pedras do caminho e construir pontes políticas: no primeiro instante, com a senadora Daniela Ribeiro (PSD) e depois com o governador João Azevedo (PSB). 

Esses movimentos deram fôlego para a gestão e os frutos apareceram nas eleições de 2022  quando a gestão, bem avaliada, conseguiu transferir votos para seus aliados. Além dos 8.688 votos dados para Felipe, a prefeita Luciene Gomes também deu 8.437 votos para o deputado federal Damião Feliciano (PDT).

Ao contrário de 2020, as oposições até agora estão totalmente enfraquecidas. Capitão Antônio e Diego do Ki Preço perderam o ânimo e aparentemente não recuperaram o apetite para a disputa.

A desidratação da oposição é mérito da prefeita Luciene Gomes (PSD) que pilota a governabilidade com a ampla maioria da Câmara de Vereadores e a capacidade de não se distanciar das bases. 

Pesquisas internas apontam que com a boa aprovação da gestão, um nome eventualmente apoiado pela atual prefeita tende a sair com muitas chances. É aí onde Tacyana Leitão aparece. Durante a campanha do marido, estabeleceu pontes com o entorno da prefeita Luciene e já não é nenhuma forasteira. 

Isso significa que já está resolvido? 

Nada disso, Bayeux tem peculiaridades e um senso de pertencimento muito forte. Candidatos que não são oriundos da terra tendem a perder fôlego quando os debates eleitorais se afunilam. 

Foi assim com vários nomes que tentaram entrar lá sem construir uma narrativa capaz de atrair corações e mentes do eleitorado. Bayeux não é só estrutura, é preciso discurso, narrativa para furar a bolha do eleitor que não depende diretamente da prefeitura. 

Mesmo assim, na fotografia atual, é possível que a cidade continue nos próximos anos nas mãos de uma mulher. 

Os homens que passaram por lá nas últimas gestões não deram conta do recado. Margareth Thatcher dizia que “Quando quiser que algo seja dito, peça a um homem, mas quando quiser que algo seja feito, entregue a uma mulher”. 

Talvez sirva para justificar o momento político hoje que vive a cidade: Luciene Gomes fez o dever de casa tão bem que tem argumento para manter uma mulher no comando da prefeitura.