Diz o dito popular que “quem chega cedo, bebe água mais limpa”. E eu emendo: com preparação adequada, as candidaturas não “queimam a largada”, e ganham consistência, velocidade e intensidade diante dos adversários.
Por Nilson Hashizumi
Foi com este espírito que João Henrique Faria, Christian Jauch e eu estivemos em Poços de Caldas na última semana de abril, no primeiro evento de treinamento a candidatos (as) proporcionais dos partidos que apoiam a pré-candidatura do deputado federal Ulisses Guimarães Borges (MDB) que é pré-candidato a prefeito naquele município, nas eleições em outubro.
“Está muito cedo! Não tem eleitor pensando em política neste momento!” ao menos isto deve ter passado pela cabeça de muitos profissionais e entes políticos, o que é verdade, mas o evento foi preparado para as pessoas que pretendem disputar o pleito no próximo 6 de outubro.
Preparação não significa antecipar campanha, mas construir e aprimorar relacionamentos com propósito. E foi pensando neste perfil de construções, que a agenda do encontro foi desenhada, contando com os seguintes profissionais:
Raimundo Cândido Neto: advogado da Comissão de Direito Eleitoral do Conselho Federal da OAB, professor de direito eleitoral ESA / MG e da Fundação Escola Superior do Ministério Público de Minas Gerais (2021).
Alberto Carlos Almeida: fundador e diretor executivo da Olhar Brasilis, doutor em Ciência Política. Coordenou grande projetos de pesquisas e estudos para ministérios, agências governamentais e instituições internacionais.
João Henrique Faria: estrategista da Alcateia Política, jornalista e professor de pós-graduação em Comunicação Pública e Governamental da PUC-Minas. Mais de cem campanhas para o executivo e legislativo. Cofundador da Alcateia Política.
Nilson Hashizumi: profissional de marketing, jornalista, fotógrafo e gestor de cultura, estrategista com MBA em Comunicação Governamental e Marketing Político pelo IDP de Brasília. Cofundador da Alcateia Política.
Christian Jauch: publicitário com mais de 20 anos de carreira, transita entre os mercados corporativo e político. Dentre as especialidades acadêmicas, destaca-se pelas competências em branding, design, inovação, tecnologia e marketing político e comunicação governamental. Atua como estrategista em diversas campanhas eleitorais nos mais diversos cargos. Cofundador da Alcateia Política.
Conhecer a legislação eleitoral é pano de fundo para o desenvolvimento de toda e qualquer iniciativa. E diante da evolução dos processos tecnológicos, da complexidade dos cenários, da contundência e acirramento da competição é possível perceber um profissionalismo crescente na construção de projetos políticos em todo o Brasil.
Diante de tantas inovações e mudanças de regras a cada pleito e especialmente desde 2016, quando a comunicação digital – especialmente as redes sociais – passaram a ser utilizadas no desenvolvimento de campanhas políticas em favor das candidaturas, um novo ecossistema de alto valor vem sendo estruturado pela ação de muitos novos profissionais que passaram a compor o ecossistema de comunicação política.
O marketing, tão essencial nos processos competitivos, em sua versão digital ampliou relevância, incrementou o alcance de protagonistas e possibilitou fazer a entrega assertiva dos conteúdos aos públicos de interesse.
Ainda assim não foi capaz de substituir a ação presencial. Apenas ampliar sua relevância.
Especialmente nas campanhas municipais, por muito tempo o contato presencial ainda será um elemento diferencial, fonte de conexão e conquista da preferência entre eleitores. Mas há que reconhecer o valor da digitalização na mecanização de processos repetitivos, no alcance de maiores públicos em menores ciclos de tempo e especialmente pela entrega estratégica e assertiva dos conteúdos políticos e de posicionamento.
Por isto, é justo acreditar que não haverá mais campanhas competitivas, onde as melhores práticas do marketing presencial e do digital – que chamamos “on e offline” – se desenvolvam lado a lado.
Sem dúvida, uma celebridade digital, influenciadores(as) com milhões de seguidores podem ter certa vantagem pela quantidade de conexões e eventualmente pela qualidade das relações e engajamento alcançado em relação aos seus públicos preferenciais, os seguidores.
Mas sem a autoridade no processo, nos temas e nas causas defendidas, uma celebridade poderá ser eleita apenas num exercício de protesto.
E falando em protesto dos eleitores, o folclore eleitoral brasileiro traz exemplos como o rinoceronte Cacareco recebeu mais de 90 mil votos nos anos 1950 em São Paulo. No Rio, o macaco Tião chegou a ser lançado candidato a vereador pela revista humorística Casseta & Planeta nos anos 1980. E há 102 anos, o bode Ioiô foi eleito vereador em Fortaleza.
Como diz Marcelo Vitorino, referência no marketing político, que deu relevância ao marketing digital “tempo é o único ativo igual para todas as candidaturas”.
Por isto, é importante que haja tempo para que as pré-candidaturas e seus seguidores possam interagir, a ponto de transformar meros desconhecidos em possíveis eleitores. Um desafio que cresce na medida em que se aproximam as eleições. É preciso que a relação evolua e isto se dá com o tempo, interação e dedicação.
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Somos um coletivo de estrategistas em marketing político com o propósito de defender e manter a democracia, preservar a liberdade de pensamento como forma de construção da cidadania.
Desenvolvemos “soluções estratégicas em projetos políticos”, compreendendo as necessidades e particularidades de cada cliente, o cenário político no qual está inserido, elaborando as melhores soluções em marketing e comunicação, com honestidade intelectual, utilizando tecnologia e métodos científicos e valorizando as experiências vivenciadas.
Assumimos como missão: “Contribuir para a melhoria da sociedade brasileira, por meio de ações políticas éticas e inovadoras”.