O presidente eleito Luíz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na manhã desta quinta-feira (22.12) uma lista com mais 16 ministros de seu terceiro mandato, que se inicia em janeiro de 2023. O anúncio acontece no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede da transição governamental. Foram oficializados o seguintes nomes:
Segundo Lula (PT), os outros trezes ministros restantes serão definidos em conjunto com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e devem ser anunciados até a próxima segunda ou terça-feira.
Os cinco primeiros ministros anunciados na última semana por Lula foram: Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça), José Múcio Monteiro (Defesa), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Rui Costa (Casa Civil).
O petista afirmou que o número de ministérios irá aumentar, “mas não os gastos”. Falou ainda que governo fará “todo esforço possível para que o pouco dinheiro que esse pais está arrecadando seja colocado à disposição das pessoas mais necessitadas, para fazer as políticas públicas que já fizemos”.
Ao comentar sobre a escolha pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), para o Ministério da Indústria e Comércio, Lula disse que esta seria a “grande surpresa”. Comentou que procurou inicialmente o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.
Segundo Lula, após uma conversa, no entanto, Gomes disse que não poderia aceitar a pasta em razão da presidência da entidade e de uma disputa interna que ocorre atualmente.
“E eu fiquei pensando e resolvi fazer uma mudança no ministério. Eu resolvi dar trabalho pro meu vice”, disse se referindo a Alckmin. “Todo santo dia que o Alckmin me encontrava ele dizia: ‘presidente, me dê trabalho’. Aí eu fiquei pensando, se eu não der trabalho pra esse cara, ele vai me dar dor de cabeça”.
Durante o discurso, Lula afirmou que é “mais difícil montar o governo do que ganhar as eleições”.
“Nós estamos tentando fazer um governo que represente no máximo que a gente puder as forças políticas que participaram conosco da campanha. E eu quero dizer pros companheiros que ainda não foram contemplados que nós vamos contemplar as pessoas que nos ajudaram, porque somos devedores dessas pessoas que ousaram colocar a tapa e enfrentar o fascismo que estava espalhado nesse país”.
Ele disse não ter vergonha de também escolher ministros políticos. “O que nós queremos é políticos eficientes, que tenham competência de fazer política e montar um bom governo”.
Aconselhou ainda aos ministros que, durante a montagem das equipes, levem em conta a pluraridade das pessoas que participaram da campanha. “Que cada pessoa tente montar o governo colocando gente diversa, gente de outras forças políticas que nos ajudaram, porque somente assim a gente vai contemplar o espectro de gente que participou dessa comissão de transição”.