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Com vacinação em 80%, Israel sofre nova onda de casos e considera lockdown para frear variante Delta
12/08/2021 / 16:41
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Com mais de 80% da sua população adulta totalmente vacinada contra covid-19, uma das maiores taxas do mundo, Israel tem sofrido com uma nova onda de casos da doença e considera um lockdown para frear a variante Delta. Só na segunda-feira (9), de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 6 mil pessoas testaram positivo para a covid no país, o maior nível desde fevereiro.

“Israel encontra-se em um ponto crítico para a nossa saúde, para as nossas vidas e para a nossa economia”, alertou Salman Zarka, autoridade máxima do governo no combate à pandemia.

Por ser o primeiro país a iniciar um esforço em massa de vacinação e o primeiro a reabrir toda a economia, depois de vacinar totalmente quase 70% de sua população adulta, os israelenses tiveram um período de liberdade pós-pandemia.

No entanto, com estudos mostrando que a eficácia da vacina está caindo entre as pessoas com mais de 60 anos, algumas das quais receberam suas primeiras doses em dezembro, Israel já é o primeiro país a iniciar a aplicação das doses de reforço.

O governo não esperou a aprovação das doses de reforço da Pfizer pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) e já aplicou a terceira dose para cerca de 2 mil pessoas imunodeficientes semanas atrás, antes de estendê-la a todas as pessoas com mais de 60 anos, em 1.º de agosto.

Cerca de 600 mil israelenses idosos já receberam a terceira dose, que em breve poderá ser oferecida também às pessoas com mais de 50 anos.

O rápido aumento do número de casos ameaça frustrar os planos do governo de manter a economia aberta. Autoridades israelenses já consideram impor um lockdown nos feriados judaicos de setembro, quando as famílias tendem a visitar os avós, para romper a cadeia de contágio. Um lockdown é visto como último recurso e sua restrição aos feriados teria um impacto menor sobre a economia, disse uma autoridade do Ministério das Finanças.

“Se as pessoas forem vacinadas o mais rapidamente possível, então não haverá necessidade de um lockdown”, disse a autoridade, que pediu para não ser identificada. “Analisamos os gráficos diariamente e, no momento, há vacinas suficientes para todos aqueles que quiserem uma dose, duas ou três.”

Da Redação com Valor Econômico e Correio do Povo