João Pessoa 24.13ºC
Campina Grande 19.9ºC
Patos 24.18ºC
IBOVESPA 123863.5
Euro 6.3004
Dólar 5.7989
Peso 0.00544048
Yuan 0.80054437
Conselho Nacional de Justiça suspende compra de 16 iPhones de Tribunal de Justiça
13/03/2025 / 07:34
Compartilhe:

O corregedor Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, suspendeu a compra de 50 iPhones 16 Pro Max que seriam destinados ao uso de desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). O custo total da compra está estimado em R$ 573.399,50, com cada aparelho saindo por aproximadamente R$ 11.467,99.

“De início, determino que o Tribunal de Justiça do Maranhão esclareça a necessidade técnica da compra dos referidos equipamentos no prazo de 5 dias. E, antes mesmo de prestadas informações, decido por suspender o edital de compra”, afirmou o corregedor do CNJ.

Mauro Campbell explicou que, “em nota oficial, o Tribunal esclareceu que os aparelhos são essenciais para necessidades de serviço no âmbito do Judiciário”. Diante dessas informações foi determinada a abertura de um pedido de providências para averiguar a real necessidade da aquisição dos aparelhos para o desempenho das funções dos desembargadores. Enquanto a apuração ocorre, o edital fica suspenso.

Edital

  • O edital prevê que os 50 aparelhos sejam adquiridos por meio de um Pregão Eletrônico, com critério de menor preço. Caso a compra seja concretizada, os dispositivos devem ser entregues na sede do TJMA, em São Luís, em até 45 dias após a emissão da ordem de compra.
  • O documento estabeleceu que os smartphones precisam atender a critérios técnicos específicos, incluindo tela de 6,9 polegadas, câmeras de até 48 MP, 8GB de RAM e 256GB de armazenamento. Além disso, exige que a fornecedora tenha um programa de reciclagem dos aparelhos e acessórios, seguindo normas ambientais.
  • A aquisição, segundo documento, seria financiada com recursos da Diretoria de Informática do Tribunal, dentro da dotação orçamentária prevista para a modernização do Judiciário.
  • Após repercussão da compra, o CNJ abriu procedimento de apuração. Agora, suspendeu o processo até que esclarecimentos sejam prestados.

Diante das críticas e questionamentos sobre a necessidade de um modelo de alto custo, o TJMA divulgou em sua página um esclarecimento afirmando que a licitação não significa compra imediata e apenas assegura a possibilidade de aquisição futura caso haja necessidade.

O tribunal argumenta que a escolha do iPhone 16 Pro Max foi baseada em critérios técnicos, citando a necessidade de um dispositivo que seja compatível com os sistemas institucionais, especialmente o Processo Judicial Eletrônico (PJe); garanta mobilidade e produtividade, permitindo que magistrados atuem de qualquer lugar com segurança; ofereça desempenho avançado para videoconferências e transmissões ao vivo de audiências e sessões híbridas; tenha maior durabilidade e segurança para dados sensíveis do Judiciário.

F5online com informações do Metrópoles