O alho é um dos ingredientes mais versáteis da cozinha e coleciona evidências de seu papel na proteção cardiovascular, sobretudo como agente aliado contra a hipertensão. Agora, uma revisão de estudos publicada no periódico Nutrients aponta os efeitos benéficos nas taxas de glicose e de colesterol.
Pesquisadores chineses se debruçaram em mais de 2 mil trabalhos e concluíram que substâncias presentes no vegetal atuam no equilíbrio da produção de insulina — hormônio que permite a entrada da glicose (açúcar) dentro das células —, promovendo o controle glicêmico no sangue. Essa ação contribui para a diminuição do risco de desenvolver diabetes tipo 2.
O trabalho ainda aponta a redução dos níveis de LDL, considerado o colesterol ruim, e um discreto aumento do HDL, conhecido como o bom colesterol. Tais efeitos têm ação protetora nos vasos sanguíneos, reduzindo o risco de complicações cardiovasculares como a aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas artérias.
Por trás dos achados, estão os compostos organossulfurados, com destaque para ajoeno, alicina e aliina. Mas ainda é preciso investigar mais a fundo essas ações do alho no organismo.
“Embora o estudo levante hipóteses interessantes, mais pesquisas são necessárias para entender melhor os mecanismos e a quantidade ideal para alcançar os benefícios”, pondera a nutricionista Giuliana Modenezi, do Espaço Einstein Esporte e Reabilitação, do Hospital Israelita Albert Einstein.