O corpo do ator Francisco Cuoco está sendo velado na manhã desta sexta-feira (20/6), em São Paulo. Considerado um dos maiores nomes da televisão brasileira, Cuoco faleceu na quinta-feira (19), aos 91 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
O velório ocorre no Funeral Home, localizado na Rua São Carlos do Pinhal, 376, no bairro da Bela Vista, região central da capital paulista. A cerimônia é aberta ao público das 7h às 15h. O sepultamento está previsto para as 16h e será reservado apenas a familiares e amigos próximos.
Em nota, a família do ator agradeceu pelas manifestações de carinho:
“É com pesar e consternação que a família comunica o falecimento do ator Francisco Cuoco. Ele estava com a família e partiu de forma tranquila e serena. Agradecemos todas as mensagens de pesar e manifestações de carinho. A causa da morte foi por falência múltipla dos órgãos. Nossa gratidão e amor eterno por ter tido você em nossas vidas”, diz o comunicado da família.
Natural do bairro do Brás, em São Paulo, Cuoco nasceu em 29 de novembro de 1933 e construiu uma carreira de mais de seis décadas, marcada por atuações no teatro, no cinema e, sobretudo, na televisão. Ele deixa três filhos — Rodrigo, Diogo e Tatiana — e cinco netos.
O dramaturgo Walcyr Carrasco prestou homenagem nas redes sociais:
“Nos deixou hoje um dos maiores atores da nossa televisão. Francisco Cuoco foi um ícone, um artista que inspirou gerações e levou emoção a milhões de lares. Fica a saudade e a eterna admiração. Meus sentimentos à família, aos amigos e aos admiradores.”
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Francisco Cuoco trocou o curso de Direito pela Escola de Arte Dramática de São Paulo aos 20 anos. Integrou o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e o Teatro dos Sete, ao lado de nomes como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto.
Estreou na TV em 1959 no “Grande Teatro Tupi”, programa que levava peças ao vivo para o público. Em novelas, começou na Record em “Marcados pelo Amor” (1964), passando pela Excelsior com sucessos como “Redenção” (1966) e “Legião dos Esquecidos” (1968).
Na Globo, sua estreia foi em 1970 com “Assim na Terra Como no Céu”. Logo tornou-se protagonista em tramas memoráveis, como “Selva de Pedra” (1972), “O Semideus” (1973) e “Pecado Capital” (1975), esta última escrita por Janete Clair, com quem formou uma das parcerias mais marcantes da teledramaturgia brasileira.
Ao longo da carreira, esteve em novelas como “O Outro” (1983), “O Salvador da Pátria” (1989), “Passione” (2010), “Sol Nascente” (2016) e “Segundo Sol” (2018). No cinema, participou de produções como “Traição” (1998), “A Partilha” (2001) e “Cafundó” (2005). Voltou ao teatro em 2005 com a peça “Três Homens Baixos”.
Seu último trabalho na televisão foi em 2023, em uma participação na série “No Corre”, do canal Multishow.