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Corpo de Júlia dos Anjos é sepultado em João Pessoa; padrasto confessa à polícia que estuprava a menina há quatro meses
20/04/2022 / 12:54
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Foi enterrado na manhã desta quarta-feira (20), em João Pessoa, o corpo da menina Júlia dos Anjos, de 12 anos, encontrado em um reservatório de água próximo à Praia do Sol na terça-feira (12). O principal suspeito do crime é o padrasto da garota, Francisco Lopes, que até então mantinha um relacionamento com a mãe de Júlia. Ele indicou onde o corpo estava após confessar o crime na última semana.

O sepultamento aconteceu no Cemitério Jardim Mangabeira, zona sul da capital, com a presença de familiares e populares que se dirigiram ao local para prestar condolências. Não houve velório.

O suspeito foi ouvido novamente pela polícia nesta terça-feira (19). Segundo o delegado Hector Azevedo, Francisco confessou que estuprava a adolescente há cerca de quatro meses, inclusive cometendo abusos no dia do crime, pouco antes de matá-la. O crime sexual teria sido repetido por quatro ocasiões.

Francisco disse ainda que a matou asfixiada dentro de casa, e que só depois levou o corpo para o local onde ele foi abandonado. Segundo o delegado, a mãe de Júlia não tinha conhecimento dos casos. Ela estaria dormindo no momento em que a menina foi morta. Exames de perícia realizados pelo IPC devem confirmar a autoria do abuso sexual e a causa da morte.

O corpo teve a identificação confirmada no fim da tarde desta terça-feira (19). Já a liberação por parte do Instituto de Polícia Científica (IPC) aconteceu na manhã desta quarta-feira (20), tendo sido encaminhado diretamente para o sepultamento.

Francisco Lopes confessou ter matado a enteada, Júlia dos Anjos – Foto: Verinho Paparazzo/RTC

“No dia de ontem ele foi interrogado mais uma vez e confessou formalmente na esfera policial a questão dos abusos sexuais que segundo ele vinham ocorrendo há cerca de quatro meses […] Segundo ele ocorreu quatro vezes, inclusive no dia do crime. Então também responderá por esse fato”, disse Hector em entrevista à TV Cabo Branco.

De acordo com o delegado, até o momento não há nenhum indício de que o suspeito possa ter cometido o crime com o auxílio de terceiros. A polícia realiza um levantamento para apurar se outras crianças teriam sido vítimas do homem.

Júlia desapareceu no dia 7 de abril, no bairro de Gramame, em João Pessoa – Reprodução/Redes sociais

O caso

Júlia dos Anjos, de 12 anos, sumiu no dia 7 de abril, no bairro de Gramame, zona sul de João Pessoa. No início, a mãe desconfiava que o sumiço da filha tivesse relação com mensagens de desconhecidos enviadas por redes sociais. Josélia Araújo relatou que a menina tinha saído de casa apenas com o celular.

Na terça (12), Francisco Lopes foi preso após confessar que matou a garota. Ele também apontou o lugar onde escondeu o corpo. Agentes da Polícia Civil foram até o local, na região da Praia do Sol, e encontraram o corpo da vítima jogado em um poço com cerca de dez metros de profundidade.