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COVID-19: Cartórios registram janeiro mais mortal da série histórica no Brasil
14/02/2022 / 15:24
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O mês de janeiro deste ano foi o mais mortal desde o início da série histórica em 2003, segundo os cartórios brasileiros, que registraram um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os agravantes estão o número de óbitos por pneumonia, que cresceu mais de 70%, e o avanço da variante ômicron, que registrou a maior quantidade de casos no primeiro mês do ano. Os números foram contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil.

Em janeiro de 2021 foram registradas 137.431 fatalidade. O mês já havia registrado crescimento de 22% nas mortes em relação ao mesmo período de 2020, ainda antes do início da pandemia no país. Já as mortes por pneumonia passaram de 12.745 em janeiro de 2021 para 21.718 neste ano. Em 2020, antes do surgimento da covid-19, foram 15.484 mortes pela doença.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/BR) e abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 Cartórios de Registro Civil do país —presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros. O banco de informação é cruzado com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utiliza como base os dados dos próprios cartórios brasileiros.

Além disso, outro dado observado pelos números de óbitos registrados pelos Cartórios brasileiros está relacionado ao crescimento de mortes por doenças do coração em janeiro deste ano na comparação com o primeiro mês do ano passado: AVC (20%), Infarto (17%) e Causas Cardiovasculas Inespecíficas (19%). Também registraram crescimento as mortes por Septicemia (23%), Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) (9%) e Indeterminada (9%). Já os óbitos por covid-19 tiveram redução de 55% no período.

“Os números dos Cartórios de Registro Civil mostram mais uma vez, em tempo quase que real, o retrato fidedigno do que acontece com a população brasileira. Embora haja uma diminuição clara nos óbitos por covid-19, ainda não se conhecem todos os efeitos das novas variantes, em especial da ômicron, que, diante do aumento de casos no último mês, parece ser a causa do crescimento de óbitos de outras doenças, como a pneumonia, doenças do coração e septicemia”, explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Arpen/BR.