BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), marcou para o dia 18 de outubro o terceiro depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O requerimento fora aprovado nesta quinta-feira (7).
Aziz reafirmou que a sessão do dia 19, uma terça-feira, será destinada para a leitura do relatório final da comissão. No dia seguinte, será votado o texto do relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
O vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foi o primeiro a pedir a nova convocação de Queiroga, alegando dois motivos. Primeiramente, o ministro da Saúde não respondeu dentro do prazo de 48 horas as perguntas que foram enviadas pela comissão, justamente em substituição à necessidade de uma nova oitiva.
Além disso, apontou uma interferência do ministro na alteração da pauta da reunião da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), que não mais vai analisar um parecer sobre o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
Randolfe leu trechos do parecer que recomenda o não uso de cloroquina e hidroxicloroquina, isolado ou combinado com outros medicamentos, em pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19 em tratamento ambulatorial.
Há a mesma sugestão em relação ao medicamento Ivermectina.
Antes da sessão, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que vai propor em seu relatório final o indiciamento de Marcelo Queiroga.
“A gente já teve acesso a tanta coisa do ministro da Saúde, a sua conversão ao negacionismo, as mentiras repetidas nas duas vezes que esteve na comissão parlamentar de inquérito, agora a suspensão das vacinas para adolescentes”, afirmou Renan, antes do início da sessão.
“Ele já produziu todos os motivos, provas e indícios para ser exemplarmente indiciado”, completou.