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Cresce número de denúncias contra focos do mosquito Aedes aegypti em JP
28/05/2022 / 07:54
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João Pessoa atendeu 2.432 pessoas com sintomas de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, nos primeiros 20 dias de maio nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Os períodos chuvosos são mais propícios para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de arboviroses. Isso se refletiu no número de denúncias: até o dia 20 de maio, foram registradas 132 denúncias de focos do mosquito através do número de telefone disponibilizado pela Prefeitura. No mês de abril, foram 91 denúncias através do mesmo canal, o que demonstra um aumento no mês atual.

Segundo dados da Prefeitura de João Pessoa, as arboviroses têm gerado aumento nos atendimentos nas UPA’s da Capital. Em março deste ano, foram atendidas 1.207 pessoas suspeitas de infecção por alguma das arboviroses causadas pelo Aedes aegypti. Enquanto que, no mês de abril, esse número saltou para 2.154 atendimentos por casos suspeitos de dengue, zika e/ou chikungunya, aumentando também agora em maio.

Dos atendidos nas UPA’s com sintomas de arboviroses, cerca de 17% eram crianças e o restante, 83%, eram adultos. Ainda dentro deste total, 668 atendimentos foram na UPA Oceania, 665 na UPA Valentina, 591 na UPA Cruz das Armas e 509 na UPA Bancários.

Para evitar a reprodução do Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está promovendo a campanha ‘Xô, Aedes’ com ações educativas nos bairros de João Pessoa, destacando a importância da participação popular no combate às arboviroses.

“A população deve estar atenta aos cuidados que devem ser seguidos rotineiramente, como descartar o lixo corretamente e evitar deixar objetos que sejam considerados como potenciais para permitir o acúmulo de água e, consequentemente, a proliferação do mosquito”, destacou Pollyana Dantas, gerente de Vigilância Ambiental da SMS.

Ela ressalta que é importante fechar possíveis depósitos de água como potes, tambores, filtros, tanques e caixas d’água; preencher os pratos de plantas com areia ou lavá-los semanalmente; lavar os bebedouros de animais domésticos; cobrir piscinas; tapar e limpar ralos; manter as calhas sempre limpas; manter os sacos de lixo fechados e secos até seu recolhimento; não jogar lixo em terrenos baldios, entre outros cuidados.

Atendimento

Quem apresentar os sintomas de uma das arboviroses deve procurar a Unidade de Saúde da Família (USF) de referência e, em casos mais graves, é preciso buscar assistência em uma porta de urgência, como as UPAs.

Disque Dengue

A Prefeitura de João Pessoa disponibiliza para a população um canal para informações sobre a dengue e outras arboviroses. Através desse serviço, o cidadão pode denunciar locais que possam ter focos do Aedes aegypti, ter acesso às informações sobre como evitar a proliferação do mosquito ou ainda tirar dúvidas sobre os principais sintomas da doença.

Para entrar em contato com o Disque Dengue, a população pode ligar para o número 3214-5718, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h; ou enviar mensagem via WhatsApp para o número 98654-6377, de segunda a sábado, das 8h às 19h.

Segundo a Vigilância Ambiental, os locais considerados mais críticos são imóveis fechados ou abandonados, além daqueles locais com presença de lixo e materiais descartados a céu aberto a exemplo de pneus, garrafas e metralhas, muito comuns em terrenos baldios.

LIRAa

De acordo com o primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado este ano em João Pessoa, o município apresenta baixo risco, com o Índice de Infestação Predial (IPP) registrando 0,8%, ou seja, a cada 100 imóveis, 0,8 possuem risco de reprodução do mosquito. Para o levantamento, os 64 bairros da Capital são divididos em 29 áreas e o resultado indicou que 19 áreas apresentam baixo risco, enquanto os outros 10 extratos possuem médio risco.

Sintomas

A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.

Já os principais sintomas da zika são dor de cabeça, febre baixa, dor leve nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.
Na chikungunya, os sintomas mais comuns são febre alta de início rápido, dor intensa nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito, podendo ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.

Com informações da SECOM