No clima da Black Friday, que acontece nesta última sexta-feira do mês de novembro (25), lojas físicas e virtuais oferecem grandes descontos no preço das mercadorias. No entanto, especialistas em segurança digital e Procons de todo o país alertam sobre possíveis golpes nas compras online. 

Preços tentadores, brindes, baixo custo do frete ou entrega gratuita são algumas das iscas utilizadas por páginas maliciosas para atrair vítimas. O roubo de dados financeiros ou até mesmo a venda de produtos que não existem são alguns dos crimes recorrentes nesse período.

Lojas falsas no Instagram

Essa é uma das mais novas modalidades de golpe. Perfis falsos utilizam nomes de marcas de produtos já conhecidas, ou até mesmo de hotéis e restaurantes, oferecendo sorteios ou cupons de descontos.

Nesse caso, um dos primeiros passos dos golpistas é enviar uma mensagem privada pedindo o número de telefone da vítima para enviar alguma informação ou brinde. Em seguida, eles enviam um SMS contendo um link que, ao ser clicado, é capaz de clonar automaticamente o WhatsApp instalado no telefone. Com isso, os criminosos passam a enviar mensagens para a lista de contatos das vítimas pedindo dinheiro.

Lojas faltas e links maliciosos

Há, ainda, os perfis que criam uma marca fictícia, seja de roupas, eletrônicos, jóias ou outros produtos. Assim como no crime anterior, uma das características da página no Instagram é ter sido criada recentemente, mesmo que haja muitas postagens. O número baixo de interações (curtidas ou comentários) também pode ser um indício. 

Nesse caso, as falsas lojas orientam os consumidores a irem até o site da empresa e efetuarem suas compras. Depois que o pagamento é feito, o produto não é entregue. 

Sobre esse tipo de golpe, o Procon JP alerta para as compras virtuais: “a orientação é que o consumidor só deve adquirir produtos em lojas devidamente registradas com CNPJ e que tenham endereço e telefone de contato, bem como procedência no mercado”, diz a página da entidade.

Uma forma de verificar a idoneidade da empresa é checar os comentários realizados por outros clientes na internet. Uma busca relacionando o nome da loja mais as palavras “golpe” ou “reclamações” podem indicar o histórico dos vendedores.

Mudança de preço ao finalizar as compras

Nesse caso, o “golpe” é feito por uma empresa real, às vezes bem conhecida. A Serasa alerta para esse tipo de prática comum durante a Black Friday. “Os anúncios costumam pressionar o consumidor com relógio de contagem regressiva para terminar o tempo do anúncio ou do estoque de produtos”, explica o instituto. 

Para aproveitar a oferta em tempo, o cliente perde alguns minutos conferindo rapidamente se o site é verdadeiro e faz uma breve comparação com preços de outros sites. Ao voltar para o carrinho de compras para aproveitar antes que acabe, a pressa e a falta de atenção impedem que o consumidor preste atenção no valor real que irá pagar. A essa altura, o site já mudou o preço do produto. 

“Neste caso, é preciso guardar prints do anúncio original, do carrinho de compra e do comprovante de pagamento para reivindicar os seus direitos como consumidor”, explica a página da Serasa. 

Como se prevenir

O Procon JP elencou alguns pontos para que o consumidor faça compras virtuais de forma segura: 

– Não compre em qualquer site. Verifique se a página virtual possui o cadeado localizado no canto superior esquerdo. Busque informações no consumidor.gov.br ou em outras plataformas como o “ Reclame aqui”.

– A melhor forma de pagamento online é através de cartão de crédito, ou serviço como Paypal ou Pagseguro. Evite pagar com PIX ou boletos, pois em caso de fraudes o ressarcimento fica mais difícil.

– Preste atenção na política de troca do estabelecimento e não esqueça de guardar a nota fiscal. Registre todos os passos feitos durante a compra de um produto. Isto é, salve os e-mails, grave as telas e todas as comunicações eventualmente realizadas com o fornecedor.

– Após a compra de um produto na internet, o consumidor tem até 7 dias para se arrepender, a contar da data de entrega. Ele pode inclusive receber o valor pago no frete.

Acione seus direitos

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