Ainda sentindo os impactos da crise provocada pela pandemia do coronavírus, os pequenos negócios precisam compreender e lidar diariamente com as constantes mudanças no cenário econômico, para que possam se manter sustentáveis e ativos no mercado. Nesse cenário de dificuldades, conforme pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, os custos com combustível e com a aquisição de insumos são os que mais estão pressionando financeiramente as micro e pequenas empresas da Paraíba.
Os dados fazem parte da 12ª edição da pesquisa “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, realizada entre os meses de agosto e setembro, que entrevistou 68 donos de pequenos negócios no estado. De acordo com os números, 33% dos empresários apontaram o combustível como o custo que mais tem pressionado financeiramente o negócio, enquanto 32% revelaram que essa pressão financeira é maior para a aquisição de insumos e mercadorias.
Já a energia elétrica, que enfrenta sucessivos reajustes ao longo do ano, é o custo que mais tem pressionado as finanças da empresa para 13% dos empreendedores paraibanos entrevistados. Em seguida, 7% citaram o aluguel de imóveis, 4% o gás de cozinha e 2% as despesas com internet e telefone. Outros 10% afirmaram que outros tipos de custos são os responsáveis pela pressão financeira do negócio. Na Paraíba, outra particularidade é que os custos com a conta de água não foram citados por nenhum dos entrevistados.
Também perguntados sobre quanto tempo será necessário para que a situação econômica brasileira volte ao normal, os empreendedores da Paraíba acreditam que, em média, serão necessários 14 meses para que o cenário econômico seja estabilizado. Na avaliação da gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, os dados refletem as dificuldades enfrentadas no atual cenário econômico, mas também apresentam um caminho de superação para as empresas.
“A postura de gestão financeira recomendada para os empreendedores nesse período tão delicado é a de não sacrificar a qualidade dos seus produtos ou dos seus serviços. O cliente vai sentir essa diferença e isso não é inteligente nesse momento. Por essa razão, recomenda-se um controle cada vez mais rigoroso e o foco nos custos que trazem valor para o cliente. É um momento de fazer substituições para o que é mais eficiente, sem perder o foco na qualidade”, explicou a gerente.