Terminou nesta quarta-feira, 7, o terceiro e último dia de julgamento de Daniel Alves, acusado de estupro por uma jovem de 23 anos, em uma boate na capital da Catalunha na noite de 30 de dezembro de 2022. O dia foi marcado pelo depoimento do brasileiro sobre o caso e pela análise de psicólogas forenses. A defesa pediu a absolvição e liberdade condicional do jogador, enquanto a acusação pediu pena máxima de 12 anos.
“Quando fui ao banheiro, disse a ela que iria primeiro e ela me deixou esperando um pouco. Achei que ela não viria, pensei que ela não queria vir”, disse Daniel Alves, de início. E seguiu com sua versão: “Ela estava na minha frente e começamos a relação. Lembro que ela sentou em mim. Não sou um homem violento. Não a forcei a praticar sexo oral forçadamente. Ela não me disse nada. Estávamos desfrutando os dois e nada mais.”
O brasileiro prosseguiu com a defesa e, durante o depoimento, começou a chorar: “Soube que estavam me acusando de violação sexual. Estava praticamente arruinado porque tive todos os meus contratos rompidos, contas bloqueadas. Fiquei sabendo tudo pela imprensa”, concluiu.
Antes do depoimento de Daniel Alves, o julgamento passou pela análise de psicólogas forenses e um médico. Os profissionais relataram que não houve nenhuma lesão física na vítima, mas não descartaram a possibilidade de agressão.
Nas considerações finais, a promotoria alegou que os “acontecimentos não são merecedores de uma pena mínima”. Pelo contrário, a acusação reforçou o pedido pela pena máxima de 12 anos ao brasileiro.
Do lado oposto, a defesa solicitou a absolvição: “É essencial avaliar o comportamento anterior para avaliar o consentimento. Havia uma atração sexual entre eles. Daniel estava intoxicado por álcool no momento dos acontecimentos”.
Com o caso encerrado, a expectativa é de que a sentença final seja divulgada dentro de um mês, ainda que não tenha data definida. O brasileiro pode pegar pena máxima de 12 anos, mas a imprensa espanhola acredita em nove anos.
Com Revista Placar