A defesa do influenciador paraibano Hytalo Santos e do marido dele, Israel Vicente, conhecido como Euro, contestou a versão apresentada pela Polícia Civil de que o casal teria fugido da Paraíba. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (20/8), os advogados afirmaram que a viagem para São Paulo já estava programada, fazia parte de férias e de compromissos profissionais.

Segundo a Polícia Civil paulista, Hytalo e o marido teriam deixado a Paraíba de carro e estavam em rota de fuga para fora do Brasil. A defesa, no entanto, afirmou que apenas Euro seguiu de carro, enquanto Hytalo viajou de avião. Questionados sobre comprovantes das passagens, os advogados disseram que só vão apresentar documentos perante a Justiça.

A defesa também negou que os dois estivessem escondidos em São Paulo e declarou que o casal participou de encontros sociais e compromissos de trabalho durante a estadia.

+ Receba as notícias do F5 Online no WhatsApp

Prisão e investigações

Hytalo Santos e Israel Vicente foram presos na última sexta-feira (15/8), em São Paulo, após mandados expedidos pela Justiça da Paraíba. Eles estão detidos no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na capital paulista, e devem ser transferidos para a Paraíba por voo comercial, mas ainda sem data definida.

O influenciador é investigado por tráfico de pessoas, exploração de menores e trabalho infantil. A defesa entrou com pedidos de habeas corpus no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas ambos foram negados.

Bloqueio de bens

Paralelamente, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de bens e valores até R$ 20 milhões de Hytalo e do marido. A medida atende pedido do Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB), que apura denúncias de exploração sexual, tráfico humano e trabalho infantil em conteúdos nas redes sociais.

Foram bloqueados cinco veículos de luxo, imóveis, empresas e contas ligadas ao casal. De acordo com o MPT, o bloqueio busca garantir o pagamento de indenizações e medidas de reparação às vítimas, diante de indícios de ocultação de patrimônio e movimentações financeiras atípicas.