O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que decrete a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O motivo é a revelação do episódio em que ele se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília, logo após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal, em fevereiro deste ano.
No ofício, Lindbergh afirma que se tratou de uma “tentativa de escapar ao sistema de justiça brasileiro”, enquanto responde a inquéritos no Brasil, como o que investiga um suposto plano golpista após as eleições de 2022. Segundo o deputado, como não há nenhum indicativo de “perseguição” a Bolsonaro conduzida sob viés político, não haveria por que legitimar um “pedido de amparo junto a governo estrangeiro”.
“Nesse cenário, a estadia do ex-presidente, por dois dias, na Embaixada da Hungria, sugere uma tentativa clara de pavimentar o terreno para eventual fuga ou proteção estrangeira, na medida em que as investigações são aprofundadas e se robustecem os indícios e provas capazes de fundamentar não apenas medidas cautelares (prisão), como uma futura condenação penal”, diz o pedido.
Para o petista, a estadia na embaixada húngara “indica claramente uma tentativa de blindagem com apoio de Governo estrangeiro, na perspectiva de se furtar à aplicação da lei penal”.