A família da paraibana Silvana Pilipenko, 53 anos, que está há duas semanas sem dar notícias da Ucrânia (onde reside) aos parentes que moram no estado, negou que o Ministério das Relações Exteriores tenha entrado em contato para dialogar sobre o caso da brasileira. Ontem, por meio de nota, o Itamaraty informou que organizações internacionais de apoio humanitário foram acionadas para ajudar no caso e que estaria dando informações aos familiares de Silvana.
“Ontem, o Itamaraty soltou uma nota dizendo que entrou em contato com a família, mas não entrou. Continuamos sem notícias”, afirmou Beatriz Vicente, de 20 anos, também chamada de filha por Silvana.
A paraibana se mudou para a Ucrânia há 26 anos, e é casada com o Vasyl Pilipenko, capitão da marinha mercante. Em nota, o ministério informa que não pode dar detalhes sobre o caso, mas que “pelo o apoio do escritório em Lviv, tem mantido contato regular com familiares da nacional”.
O prédio em que Silvana estava com o marido e a sogra de 86 anos, na cidade de Mariupol, foi parcialmente bombardeado. A paraibana fez o último contato coma família no dia 3 de março. No dia anterior, ela enviou um vídeo falando sobre a situação na cidade.
O filho da brasileira, Gabriel Pilipenko, de 26 anos, que mora fora do país, está na Alemanha, segundo Beatriz. Ele foi ao encontro da namorada, que é ucraniana, e que conseguiu sair do país. O jovem também tenta buscar informações sobre o paradeiro dos pais e da avó. “Ele está na Alemanha e está fazendo as movimentações dele por lá em busca de notícias. Nós continuamos nossas movimentações por aqui”, assegurou Beatriz.