Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira 28, que “deve” disputar a reeleição em 2022, mas que não pode “garantir”. A declaração foi feita em entrevista à rádio Mundial, da Bahia, enquanto o presidente falava sobre a busca por um partido novo. Ele voltou a dizer que uma das opções é se filiar ao PP, do ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil.
“Eu tenho que ter um partido político. Não sei se vou disputar as eleições do ano que vem. Devo disputar, não posso garantir. Temos conversado com vários partidos, entre eles o Partido Progressista, ao qual integrei por aproximadamente 20 anos ao longo de 28 que eu fui deputado federal”, disse Bolsonaro.
Não é a primeira vez que Jair Bolsonaro cria uma dúvida sobre a sua participação na corrida eleitoral do próximo ano. Na semana passada, o presidente já havia deixado no ar a informação de que não concorreria ao pleito caso o voto impresso não fosse implementado.
Bolsonaro também comentou sobre a nomeação do senador Ciro Nogueira.
“Trouxe para dentro da Presidência agora, [para] o ministério mais importante nosso, que é o da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, que é um homem adequado para conversar com o Parlamento”, afirmou à rádio.
O presidente disse ter “certeza” de que o diálogo com o Congresso irá melhorar “muito” e afirmou que “ninguém melhor” para essa tarefa do que Nogueira.
“Tenho certeza que a interlocução melhorará e muito. É um ministério muito importante para nós, tendo vista que nós temos que conversar com o Parlamento brasileiro. E ninguém melhor que do que um senador experiente como Ciro Nogueira”, declarou o presidente.
Luiz Eduardo Ramos chefiava a Casa Civil e foi realocado para a Secretaria-Geral, Bolsonaro disse que ele é “nota 9”, mas que falta saber conversar com parlamentares.
“O general Ramos é uma pessoa nota 9. Ele não é 10 porque falta para ele um pouco de conhecimento para melhor conversar com o parlamentar. É a mesma coisa eu querer que o Ciro Nogueira converse com o Alto Comando das Forças Armadas”, disse Bolsonaro.
Com informações do Jornal O Globo e Carta Capital.