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Dia Internacional de atenção à Gagueira: Gagueira afeta mais de 2 milhões de pessoas no Brasil
22/10/2023 / 15:01
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Repetições, bloqueios ou prolongamentos na fala podem ser sintomas da gagueira, transtorno do neurodesenvolvimento que, conforme dados do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), afeta cerca de dois milhões de brasileiros. Dentre os desafios envolvidos, lidar com o preconceito, a discriminação e o bullying estão as maiores dificuldades das pessoas que gaguejam.

Neste domingo (22), Dia Internacional de Atenção à Gagueira, o fonoaudiólogo da Hapvida Notre Dame Intermédica, Vinícius Costa da Silva, ressalta que a aceitação por parte da família e da sociedade em geral faz toda a diferença para promover respeito e inclusão. “As pessoas que gaguejam precisam ser ouvidas com paciência”, aponta.

As dificuldades na fala podem se intensificar quando a pessoa está sob pressão, nervosismo ou medo — o que pode gerar ansiedade, comportamento introspectivo e problemas na interação social, conforme detalha o fonoaudiólogo.

O profissional explica, no entanto, que nem toda ‘disfluência’ — como é chamada a interrupção na fluência normal da fala — pode ser considerada gagueira. O nervosismo, por exemplo, pode afetar a capacidade de se expressar de quem não possui o transtorno.

“Todas as pessoas podem apresentar momentos de disfluência, principalmente devido a eventuais inseguranças no assunto ou ansiedade, geralmente causada por fatores ambientais. Também é comum na infância, quando a criança começa a falar frases longas e ainda está desenvolvendo a fluência. Nesse caso, os sintomas diminuem em poucos meses”, explica.

A gagueira costuma surgir entre 2 e 5 anos de idade, tanto em meninas como meninos, mas com maior incidência no gênero masculino. As causas estão ligadas a fatores genéticos, mas também podem ser decorrentes de algum dano cerebral definido, ocasionado por um derrame, uma hemorragia intracerebral ou um traumatismo craniano.

Tratamento – O tratamento pode acontecer em qualquer idade, mas o fonoaudiólogo destaca a importância de um diagnóstico rápido para reduzir a taxa de prevalência do transtorno persistente.

“É possível, sim, que o indivíduo que gagueja reduza as disfluências, aprenda a lidar com a dificuldade e encontre estratégias para uma fala fluente. O profissional fonoaudiólogo contribui para esse resultado”, conclui.