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Dia Internacional do Orgulho: paraibanos podem ajudar a construir plano estadual de direitos LGBTQ+
28/06/2022 / 22:01
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Nesta terça-feira (28) é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+. A data faz alusão ao levante de Stonewall, quando há exatos 53 anos, em 28 de junho de 1969, frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova York (em sua maioria homens gays, travestis e drag queens) se revoltaram contra mais uma batida policial agressiva e iniciaram uma série de rebeliões, protestos e caminhadas que se arrastariam pelos dias seguintes e se espalhariam por diversos países do mundo, catapultando os direitos LGBT em debates públicos e despertando o ativismo organizado.

“Essa data se tornou emblemática pela luta da cidadania, do respeito e do orgulho de ser LGBT”, diz o professor de história e gerente executivo de Direitos Sexuais e LGBT da Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana da Paraíba, Fernando Luiz.

Na Paraíba, está em construção o Plano Estadual de Promoção à Cidadania e Direitos Humanos LGBTQIAP+, elaborado de forma coletiva com sugestões da sociedade civil e entidades comprometidas com a causa. Além das demandas trazidas pelas entidades, a população pode participar do processo respondendo a este formulário.

“Mesmo a gente tendo várias políticas públicas de Estado já implementadas, o plano pode e deve surgir com a proposta de interiorizar cada vez mais as políticas, como a criação de espaços LGBT’s no Sertão, ambulatórios LGBT no Sertão, e de outras casas de acolhida do estado, como é o caso da primeira casa 100% pública do Brasil que o governo do estado entregou no último dia 21 à população LGBT, a Casa Cris Nagô”, explica Fernando.

A Casa de Acolhida LGBTQIAP+ da Paraíba – Cris Nagô, fica no bairro de Tambauzinho, em João Pessoa, e foi criada para atender à população em situação de rua, abandono familiar e em situação de violência. O espaço tem capacidade para acolher provisoriamente até 25 pessoas simultaneamente e conta com profissionais de enfermagem, psicologia, serviço social, assessoria jurídica, assistência pedagógica e educação social. A triagem para ter acesso ao serviço é feita nos Centros de Referências dos Direitos de LGBTQIAP+ e Enfrentamento à LGBTQIAP+fobia de João Pessoa e Campina Grande.

“É um dia de muito orgulho, muita luta e resistência, mas também de lembrar a todos que a população LGBT precisa de respeito, dignidade e cidadania”, afirma Fernando.