Momentos antes de ser preso em Fortaleza, na quarta-feira (14), acusado de violência doméstica contra a ex-mulher, DJ Ivis gravou um vídeo em que aparece chorando e assumindo o que chamou de “erro”. Nas imagens, que foram divulgadas nesta sexta-feira (16), o paraibano pede desculpas à arquiteta e influenciadora Pamella Holanda, que compartilhou cenas das agressões em suas redes sociais no domingo (11).

“Para você, Pamella, eu errei. Assumo meu erro. As pessoas que convivem comigo sabem quem eu sou de verdade. Eu não consigo mais ser forte com isso, vendo as pessoas se afastarem de mim por uma atitude errada que tomei. Eu não sou esse monstro. Não sou essa pessoa ruim”, afirma o músico.

De acordo com a defesa, o vídeo foi gravado 20 minutos antes da prisão. O produtor não teria tido tempo de postar anteriormente as imagens por ocasião da chegada da polícia em sua casa.

O discurso difere daquele apresentado logo após Pamella divulgar registros das agressões no domingo (11), quando Ivis alegou que sofria ameaças, era agredido pela mulher e chamou a ex-companheira de “louca”.

“Sou difícil pra chorar, já levei muita pedrada, mas eu sempre tive que ser forte. Muita gente já tentou me derrubar, mas eu sozinho me derrubei e não posso voltar atrás”, acrescenta o DJ em um dos trechos.

Segundo Igor Coutinho, advogado que acompanha o caso, “a intenção de Ivis, ao reconhecer os erros que cometeu, era pedir perdão à Pamella, às mulheres, aos fãs e a todos que decepcionou”.

Um segundo advogado que defende Ivis, André Quezado, disse ao UOL que irá entrar com um pedido de conversão da prisão preventiva do cantor em medidas cautelares, como o uso de tornozeleira.

Na tarde desta sexta-feira (16), o paraibano foi transferido da Delegacia de Capturas, no Centro de Fortaleza, para o presídio Irmã Imelda Lima Pontes, na região metropolitana da capital. Ivis responde a dois inquéritos de leão corporal.

Em entrevista à apresentadora Fátima Bernardes, Pamella afirmou que não havia denunciado antes por temer não conseguir provar as agressões, mas revelou o caso após ter provas obtidas em vídeos feito pelas câmeras internas da residência.

De acordo com a arquiteta, a primeira agressão aconteceu quando ela ainda estava grávida. Na ocasião, ela conta que tentou justificar para si mesma que ele tinha agido daquela forma por causa do temperamento.

“Eu não acreditava que ele podia fazer aquilo comigo”, disse, acrescentando que as agressões se repetiram posteriormente.

Denuncie

Casos de violência contra mulher são, na maior parte das vezes, cometidos por pessoas próximas, parceiros ou ex-companheiros.

Denúncias podem ser realizadas pelo número 180, a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita e o serviço, além de receber a denúncia, presta orientações e faz encaminhamentos para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.

Existe ainda o Disque 100, que apura violações contra a dignidade humana, o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).

Da Redação com informações do UOL