Entre os gastos que preocupam os donos de pequenos negócios em todo o país está o com a conta de energia elétrica que, em decorrência da crise no setor, já sofreu, nos últimos 12 meses, um reajuste de 21% no valor das tarifas. Somente entre os empresários paraibanos, conforme a 12ª edição da pesquisa “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, 13% dos entrevistados apontaram a energia elétrica como um dos custos que mais tem pressionado as finanças das empresas. Neste sentido, o Sebrae preparou uma campanha nacional com orientações on-line sobre como reduzir os custos com o item e aumentar a eficiência energética.
Estudos feitos pela instituição apontam que os segmentos mais diretamente atingidos pela alta das tarifas de energia são aqueles com uso mais intenso de máquinas e equipamentos, como indústria de alimentos frios e bebidas geladas; panificadoras, restaurantes, bares e comércio de alimento perecível; farmácia, UTI home-care, academia, centro de idosos; locais de hospedagem; gráfica, serralheria, marcenaria; lavanderias e indústria da moda em geral. A campanha do Sebrae pode ser acessada em: https://sebrae.com.br/eficienciaenergetica.
O reajuste das tarifas acaba gerando um aumento no preço dos produtos e serviços ao consumidor e uma perda de competitividade. Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, é muito difícil para as empresas suportarem esse aumento. “Em tempos de economia aquecida, repassar esse custo para os clientes já seria complicado, em razão da concorrência. Mas, nesse momento em que as empresas ainda não se recuperaram das perdas provocadas pela pandemia, isso pode ser fatal”, comentou.
Para a gerente regional do Sebrae Paraíba em Guarabira, Jacy Viana, é importante o empresário ficar atento ao cenário de crise energética, visto que o aumento da conta de luz reflete no encarecimento da produção. “Para 2021, segundo especialistas, o risco de apagão é baixo, mas para 2022 o risco é preocupante. Por isso, é importante os empresários buscarem ações para mitigar esses riscos, a exemplo de investir em energia solar ou eólica, entre outras iniciativas. Já existem algumas iniciativas neste sentido e a tendência é que mais empresas fiquem atentas ao consumo de energias renováveis”, afirmou.
Confira algumas dicas do Sebrae para aumentar a eficiência energética da empresa: