Mais uma mãe conversou com a imprensa sobre denúncia feita contra médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima por crime cometido contra a filha dela. O fato teria acontecido 11 anos atrás, quando a criança tinha 4 anos, durante uma consulta com o médico, ocasião em que a mulher percebeu gestos de abuso por parte dele contra a menina.
A responsável buscou a delegacia da criança e formalizou boletim de ocorrência. Ela busca por Justiça e é uma das quatro vítimas que oficializaram a denúncia junto a Polícia Civil em meio a repercussão do caso nas últimas semanas.
“Mais ou menos quando minha filha tinha uns quatro anos eu notei uma situação estranha, foi a última consulta que eu levei pra esse senhor. Ele deitou minha filha na maca e, na verdade, ele sempre costumava deitar ela pra auscultar, eu já achava estranho porque ele deitava, ele não auscultava ela sentava. Então, mais ou menos quando ela tinha uns quatro anos, ele pôs o braço por cima dela, auscultou, eu tava achando aquela situação estranha, e ele tava usando o cotovelo na parte íntima da minha filha, na mesma hora eu interrompi, falei que ela estava desconfortável, e fiquei com isso na cabeça um tempão, e deixei de levar os meus dois filhos pra ele“, contou a mulher à TV Cabo Branco.
“Aí um certo dia eu comentei essa situação com um outro familiar e uma amiga, que levavam também os seus filhos, que na época um tinha sete e o outro tinha 10. As mesmas pessoas falaram a mesma coisa, sempre quando ele ia auscultar as crianças, ele deitava as crianças na maca e usava o braço no corpo todo da criança e usava o seu cotovelo na parte íntima da criança“, acrescentou a mãe.
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Com mais de cinquenta anos de atuação, o médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima , 81, foi indiciado pelo estupro de vulnerável de quatro crianças, após a conclusão do inquérito pela Polícia Civil da Paraíba. Uma coletiva de imprensa sobre o caso foi realizada na Cidade da Polícia da capital nesta quarta-feira (14/08/24).
As vítimas são quatro pacientes, com idades entre quatro e nove anos de idade, e as denúncias partiram das mães das pacientes que teriam presenciado os abusos durante consultas.
Após a repercussão do caso, três sobrinhas do pediatra denunciaram que foram abusadas por ele na infância. Como os crimes já prescreveram, por terem acontecido há mais de 20 anos, elas entram como testemunhas.
O caso foi encaminhado para o Poder Judiciário da Paraíba e o Ministério Público deve decidir por denunciar ou não o pediatra, dando um parecer sobre o indiciamento.