Uma pesquisa da Justiça Global e Terra de Direitos apontou que a campanha eleitoral deste ano registrou o maior número de violência política da última década.

Segundo a pesquisa, entre novembro de 2022 e outubro de 2024, foram 714 casos, o maior desde o início da série em 2016. A impunidade é apontada como fator para o aumento.

Evolução de casos ao longo dos anos:

• 2016: 46 casos
• 2020: 214 casos
• 2024: 558 casos, aumento de 344 casos em relação a 2020 (crescimento de 2,6 vezes). Comparação com 2016: aumento de 12 vezes.

Em 2024, os casos de violência política foram quase diários. O total de 558 casos incluiu 27 assassinatos, 129 atentados, 224 ameaças, 71 agressões físicas, 81 ofensas, 16 criminalizações e 10 invasões.

A violência mais comum foi a ameaça, com 135 casos registrados, seguida por ameaças de estupro, com 19 registros.

Estados com mais ocorrências:

• São Paulo: 108 casos
• Rio de Janeiro: 69 casos
• Bahia: 57 casos
• Minas Gerais: 49 casos.

Violência contra mulher

Além de assassinatos e atentados, ameaças e ofensas têm sido mais direcionadas às mulheres, com 274 casos registrados, representando 38,4% do total.

Quase 40% das ocorrências contra mulheres foram ataques virtuais, e 73,5% das ofensas ocorreram em ambientes parlamentares ou de campanha, sendo 80% dos agressores homens cisgêneros.