Já classificada para a Copa do Mundo do Catar, a seleção brasileira visitou o Equador nesta quinta-feira (27) e ficou no empate por 1 a 1. Casemiro abriu o placar logo aos cinco minutos de jogo, e Felix Torres igualou aos 29 da etapa final. O duelo, realizado na altitude de 2.850 metros de Quito, foi válido pela 15ª rodada das Eliminatórias.
O Brasil não teve seu principal jogador, Neymar, que ainda recupera-se de lesão no tornozelo. Vini Jr foi titular, mas não brilhou. Raphinha esteve apagado, e Matheus Cunha recebeu a falta duríssima que resultou na expulsão do goleiro Domínguez aos 13 minutos do primeiro tempo.
Na parte defensiva, Emerson Royal foi expulso aos 19 minutos da etapa inicial, ao receber o segundo cartão amarelo. O lateral-direito fez duas faltas bobas, uma no primeiro lance da partida, e desperdiçou a oportunidade. A posição é uma das mais abertas da seleção, com a disputa principalmente entre Danilo, Daniel Alves e Emerson Royal.
O árbitro colombiano Wilmar Roldán foi salvo pelo VAR em quatro oportunidades decisivas. Alisson, por exemplo, chegou a ser expulso duas vezes, mas terminou o jogo em campo corretamente. Muito tempo de bola parada e poucas emoções.
O Brasil volta a jogar na terça-feira (1º), contra o Paraguai, no Mineirão, pela 16ª rodada das Eliminatórias.
O jogo
O Equador perdeu chance clara logo com um minuto. Após cobrança de falta pela esquerda, Enner Valencia apareceu completamente sozinho e cabeceou para fora. O Brasil, em sua primeira chegada, abriu o placar aos cinco minutos, quando Coutinho cruzou, Matheus Cunha disputou pelo alto e a bola sobrou para Casemiro mandar para o fundo da rede.
A situação brasileira ficou mais confortável com a expulsão do goleiro Domínguez, que acertou as travas da chuteira no pescoço de Matheus Cunha. O árbitro colombiano Wilmar Roldán inicialmente havia advertido o jogador com cartão amarelo, mas foi chamado pelo VAR e trocou corretamente pelo vermelho.
Logo após a retomada do jogo, porém, o Brasil teve Emerson Royal expulso aos 19. Seis minutos depois, o goleiro Alisson também recebeu o vermelho, por ter acertado Valencia, mas o árbitro novamente foi chamado pelo VAR e alterou para a advertência com o amarelo.
Na teoria, o jogo ficaria mais aberto com dez contra dez. Só que as seleções não conseguiam criar boas chances de gols. O primeiro tempo terminou de forma truncada, e o árbitro deu apenas nove minutos de acréscimo, sendo que as paralisações pelo VAR tinham durado mais de 16 minutos.
O segundo tempo começou agitado, e o Equador teve um pênalti aos nove minutos. No entanto, após novo chamado do VAR, o árbitro anulou a marcação, já que Raphinha não tocou em Estupiñán dentro da área.
O Brasil não conseguia ficar com a bola no campo de ataque, e Tite colocou Gabriel Jesus e Antony. A seleção até esboçou uma certa pressão e exigiu duas defesas do goleiro Galíndez. Mas o Equador foi fatal: após cobrança de escanteio, Felix Torres subiu livre e igualou o placar, aos 29.
Nos minutos finais, já com Gabigol em campo no lugar de Matheus Cunha, o Brasil até conseguiu algumas trocas de passes melhores, mas sem levar tanto perigo. Do outro lado, o Equador parecia contente com o empate, porque ocupa o terceiro lugar das Eliminatórias e está perto de garantir a classificação para a Copa do Mundo.
Aos 46, Alisson disputou a bola com Ayrton Preciado e o árbitro deu pênalti e expulsou o goleiro por conta do segundo cartão amarelo. Porém, novamente ele foi chamado pelo VAR e mandou o jogo seguir. E o confronto terminou empatado por 1 a 1.
FICHA TÉCNICA
EQUADOR 1 X 1 BRASIL
Local: Estádio Casa Blanca, em Quito (EQU)
Data: 27/1/22, às 18h (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Assistentes: Alexander Guzman (COL) e John Leon (COL)
VAR: Leodán González (URU)
Cartões amarelos: Alisson, Militão, Raphinha; Enner Valencia, Moisés Caicedo
Cartões vermelhos: Alexander Domínguez; Emerson Royal
Gols: Casemiro, aos 5 minutos do primeiro tempo; Felix Torres, aos 29 minutos do segundo tempo
EQUADOR: Alexander Domínguez, Angelo Preciado (Romario Caicedo), Felix Torres, Piero Hincapié e Pervis Estupiñan; Gruezo (Ayrton Preciado), Moisés Caicedo (Méndez) e Franco (Galíndez); Estrada (Carcelén), Prata e Enner Valencia. Técnico: Gustavo Alfaro
BRASIL: Alisson, Emerson Royal, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Coutinho (Daniel Alves); Vini Jr (Gabriel Jesus), Raphinha (Antony) e Matheus Cunha (Gabigol). Técnico: Tite