Em 2022, cerca de 1,5 milhão de pessoas no Brasil estavam envolvidas em trabalhos por meio de plataformas digitais e aplicativos de serviços, representando 1,7% da população ocupada no setor privado. Esses dados foram divulgados pelo IBGE no módulo Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da PNAD Contínua.
A análise revelou que a maioria desses trabalhadores estava envolvida em atividades de transporte de passageiros (52,2%) e entrega de comida e produtos (39,5%). Os demais trabalhavam em serviços gerais ou profissionais (13,2%). A região Norte do Brasil destacou-se por ter a maior proporção de trabalhadores no transporte de passageiros e a menor proporção em serviços gerais ou profissionais.
A pesquisa também destacou que a maioria dos trabalhadores por aplicativos eram homens (81,3%) e estavam na faixa etária de 25 a 39 anos (48,4%). A escolaridade predominantemente estava no nível médio completo ou superior incompleto (61,3%).
Os trabalhadores por aplicativos tendiam a trabalhar mais horas por semana do que os não plataformizados, embora seu rendimento por hora fosse inferior. A contribuição para a previdência era menor entre os trabalhadores por aplicativos, enquanto a informalidade era mais alta.
Essa pesquisa inovadora, fruto de uma parceria entre o IBGE, a Unicamp e o Ministério Público do Trabalho, fornece informações valiosas para o debate sobre o trabalho em plataformas digitais, destacando a necessidade de regulamentação e políticas públicas eficazes para essa categoria de trabalhadores.
Informações Agência IBGE Notícias