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Em entrevista, o artista e empreendedor Caio Viana diz que “Todo mundo é criativo”
24/04/2023 / 17:53
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Todo mundo é criativo? O artista e empreendedor Caio Viana afirma que sim. Ele é autor e diretor do espetáculo “Criativo, eu?”, visto por mais de 10 mil pessoas em várias cidades do país. O espetáculo utiliza multilinguagem com teatro, música, projeções mapeadas, poesia e tecnologia para interagir com o público. O objetivo é mostrar às pessoas que todas elas podem ser criativas para solucionar problemas, tanto nas empresas como na vida. “Eu acredito que a criatividade é uma dádiva divina, em forma de habilidade, que existe para o compartilhamento do bem e melhoria do mundo”, acredita Caio.

A criatividade, na verdade, pode se manifestar em diferentes áreas da vida, como na arte, música, escrita, negócios, ciência e tecnologia. Então, mesmo que uma pessoa não seja particularmente criativa em uma área específica, ela pode ser altamente criativa em outra, segundo a ciência. “A criação é humana, somos nós, é para todos. É claro que, assim como nem todos somos atletas brilhantes, nem músicos talentosos, somos grandes inventores, mas todos nós podemos criar”, completa.

O espetáculo “Criativo, eu?” – que foi criado em 2017 – vem recheado de arte, tecnologia e interatividade. A apresentação acontece no dia 9 de maio, no encerramento da Feira da Beleza do Sebrae, no Centro de Convenções de João Pessoa, e Caio dá mais detalhes da reestreia na entrevista que segue.

 

Qual ou quem foi a sua inspiração para criar este espetáculo que une empreendedorismo e criatividade?

As inspirações foram várias, mas posso afirmar que, por mais paradoxo que seja, o que mais me impulsionou para colocar a ideia do espetáculo em prática foi uma experiência de fracasso. Há 13 anos eu vivi o maior desafio da minha vida, depois de investir todos os recursos num projeto artístico no Rio de Janeiro, fiquei em estado de escassez e sem acreditar no meu próprio talento. Depois de muito tempo frustrado, eu entendi que eu era apenas um artista criativo e sonhador, que não sabia administrar sua própria arte, ou seja, não era um empreendedor. Quando estudei e aprendi sobre negócios, descobri o porquê de ter fracassado. A partir daí senti a necessidade de voltar para o palco, com o propósito de compartilhar esses aprendizados para que artistas e empreendedores possam usar seus talentos como propósito, mas também como fonte de renda.

 

Por que você acha que o teatro pode ajudar as pessoas a desenvolverem habilidades empreendedoras e criativas?

O palco do teatro é o lugar do sonho, do “e, se? Por quê, não?”, o lugar onde as ideias estão sempre em atividade, na cabeça dos artistas e do público. Dessa forma, acredito que essa experiência vivida numa sala de espetáculo desperta a sensibilidade necessária para o surgimento de ideias inovadoras – para os negócios e para a vida.

 

Quais são as mensagens que você gostaria que o público levasse consigo após assistir o espetáculo?

São tantas, mas acredito que seja a inspiração para colocarem seus sonhos em prática, por mais impossíveis que pareçam. Quero que as pessoas se sintam conectadas consigo, com seu propósito e entendam o impacto positivo que elas pode causar no mundo. Quando isso acontece a criatividade transborda.

 

Quais foram os principais desafios que você enfrentou durante o processo de re-criação desta nova edição do Criativo?

Foram vários: conciliar os momentos de criação com a agenda intensa de trabalho; o trabalho sobre pressão de criar e produzir tudo em tempo recorde; respeitar o “tempo das ideias”, nem todos os momentos a gente consegue “está” criativo. Como o espetáculo já passou por três edições originais e foi visto por mais de 10 mil pessoas, o maior desafio é continuar surpreendendo o público, inclusive quem viu as apresentações anteriores. Resumindo, o maior desafio é despertar a criatividade da plateia de forma inovadora.

 

Como o público tem recebido o Criativo até agora? Houve alguma reação inesperada?

O “Criativo, eu?” foi criado para promover experiências, que divertem, emocionam, inspiram e despertam o público. E foi isso que aconteceu em todas as apresentações , desde sua estreia em 2017. Algumas pessoas sempre vem falar com a gente no final da apresentação ou mandam mensagens pelas redes, algumas perguntam se o espetáculo de fato tinha sido produzido em João Pessoa, porque acham que a produção grandiosa; outros agradecem por apresentarmos no contexto e performances a cultura nordestina, entre outras coisas carinhosas e positivas. No entanto, nenhuma reação é mais impactante do que quando falam, o espetáculo me despertou para o meus sonhos, aqueles que deixei pelo caminho por circunstâncias da vida, mas aprendi com a sua história que vale a pena sim continuar sonhando.

Como você espera que este espetáculo possa contribuir para a promoção da cultura empreendedora e criativa na sociedade? Sua intenção é realmente essa ou vai além?

Minha intenção é fazer com que as pessoas sejam, antes de qualquer coisa, empreendedoras de si, dos seus sonhos, de suas ideias. Se elas captarem isso, podem ser quem ou que quiserem. Eu acredito que a criatividade é uma dádiva divina, em forma de habilidade, que existe para o compartilhamento do bem e melhoria do mundo.

 

Todo mundo é criativo?

Sim!!! A ciência afirma que todos nós temos os mesmos princípios cerebrais criativos. Então podemos entender que todos somos. A criação é humana, somos nós, é para todos. É claro que, assim como nem todos somos atletas brilhantes, nem músicos talentosos, somos grandes inventores, mas todos nós podemos criar!

 

Algo mais a acrescentar?

No ano passado foi divulgada uma pesquisa, que apontava a representatividade do povo brasileiro. Nela, a maioria apontou a fé como o que mais representa o nosso povo; seguida pela criatividade. Isso não só explica o nosso pensamento criativo, sempre capaz de solucionar problemas, mas também a conexão da nossa espiritualidade, intuição com as ideias.