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Em meio à pressão no governo federal, manifestantes voltam às ruas na Paraíba e no país pedindo impeachment de Bolsonaro
03/07/2021 / 14:00
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Manifestantes voltam às ruas neste sábado (3), em todo o país, para protestar contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Dessa vez, os atos são reforçados com as pressões existentes no governo federal envolvendo supostos pedidos de propina no Ministério da Saúde e possível crime de prevaricação do presidente no caso da vacina indiana Covaxin.

Na Paraíba, os atos foram marcados em quatro cidades: João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras e Patos. Na capital, os manifestantes se reuniram por volta das 9h no Lyceu Paraibano, Centro. Em Campina Grande, a concentração ocorreu em torno da Praça da Bandeira.

Esse é o terceiro de uma série de manifestações organizadas que vem acontecendo em todo o país desde o dia 29 de maio. Os protestos são conduzidos por partidos de oposição, centrais sindicais, movimentos estudantis e sociedade civil.

Entre as autoridades e figuras políticas que participaram dos atos em João Pessoa estão o presidente do PT na Paraíba, Jackson Macêdo e o deputado estadual Anísio Maia (PT).

“O povo tá na rua porque não aguenta mais pagar R$100 no preço do gás de cozinha e quase R$6 na gasolina. O governo Bolsonaro é responsável por mais de meio milhão de mortes no Brasil”, disse Jackson Macêdo. Segundo o presidente, novos atos estão programados para o próximo dia 24. “A pressão vai continuar até Arthur Lira desengavetar pelo menos um pedido de impeachment”, afirmou.

Abertura de inquérito e superpedido de impeachment 

Nesta sexta-feira (2), a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar se ele cometeu o crime de prevaricação ao ignorar denúncias de irregularidades acerca das negociações para compra da vacina Covaxin. A magistrada também autorizou que a Polícia Federal colha depoimento do chefe do Executivo.

Na quarta-feira (30), oposição e movimentos sociais protocolaram um superpedido de impeachment contra Bolsonaro. O ato simbólico teve discursos de líderes como a presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), e de adversários de Bolsonaro, como os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso.

Pela lei, o presidente da Câmara dos Deputados é o responsável por, monocraticamente, decidir se dá sequência ou se arquiva os pedidos de impeachment.