O empresário Fabrício Cavalcante, proprietário da pousada Free Hostel Villa em contato com a redação do portal F5 Online, negou que o empreendimento tenha qualquer ligação com Thales André da Silva Lyra, um dos líderes do movimento “Todos pelo Chapadão”, denunciado recentemente pelo Ministério Público Federal por prática de crime ambiental.
Segundo a denúncia, Thales André da Silva Lyra teria comercializado em seu estabelecimento lagosta no período de defeso, crime esse tipificado no artigo 34, parágrafo único, III da Lei número 9.605/98.
O portal F5 online teve acesso ao processo de número 0813634-44.2018.4.05.8400, que tramita na 14ª Vara Federal da Seccional RN.
Leitores do portal em Pipa fizeram questão de entrar em contato com a redação para dizer que Fabrício e Luiza Tognelli, sua mulher e sócia, são os reais proprietários do empreendimento.
Na tarde deste domingo (3), o portal conversou com Fabrício Cavalcante. Ele disse não ter ciência das denúncias envolvendo Thales Lyra justificando que o hostel foi criado e sempre administrado por ele.
Fabrício também fez questão de dizer que seu estabelecimento é um Hostel e não um Hotel, como este portal noticiou.
Ele também negou a existência de restaurante em seu estabelecimento.
Num tom surpreso, disse que não entendeu o porquê do vínculo de sua empresa com Thales Lyra.
Entenda o caso
O Movimento “Todos pelo Chapadão” tem se notabilizado pela defesa das questões do meio ambiente e o empresário Thales André da Silva Lyra seria uma das vozes mais eloquentes do grupo, inclusive participando de audiências no MP. Ao lado de Gabriela Saldanha e Roseli Isidoro, ele é autor de ações contra empresas que estariam praticando crimes ambientais na região.
Reportagens publicadas em vários veículos de comunicação no Rio Grande do Norte na última segunda-feira (27), apontam que a chegada de investidores do mercado imobiliário no segmento de multipropriedade que podem levar muitos turistas a trocar hospedagens na rede hoteleira pelos novos empreendimentos tem sido sistematicamente combatida pelo movimento “Todos pelo Chapadão”.
Essa guerra de narrativas chegou ao Ministério Público que está apurando o caso. Dois empreendimentos de multipropriedades tiveram suas licenças suspensas. O órgão também investiga possíveis irregularidades em hotéis e pousadas na região, além de uma fábrica de suco que estaria funcionando de forma irregular.
A Associação dos Hoteleiros de Tibau do Sul e Pipa ( ASHTEP) negou em nota que faça parte do movimento “Todos pelo Chapadão”. “A ASHTEP não se envolve em movimentos sociais, mas sim é uma associação representativa de empresários”, diz a nota.
Nota da Redação – O portal F5 online entrou em contato com com Thales André da Silva Lyra, Inicialmente ele disse que essa denúncia já havia sido resolvida, mas diante da informação de que o processo continua tramitando no MPF ele disse que não teria nada a declarar.