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Empresa de cripto Fiji Solutions deixa de pagar clientes na PB e vira alvo de investigação do Ministério Público
16/03/2023 / 09:42
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O MP-Procon de Campina Grande instaurou um procedimento para investigar a empresa Fiji Solutions, que negocia investimentos em criptomoedas. Desde a última semana, a empresa atrasa saques aos clientes na Paraíba e não cumpre com acordos. A Fiji tem um prazo de 72 horas para que os clientes recebam seus devidos valores.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (15), o promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra afirmou que, até o momento, os sócios da empresa atenderam às notificações da promotoria, foram ouvidos e apresentaram as documentações requeridas.

Eles também foram advertidos de que, na hipótese de não atendimento ao que foi recomendado, o MP-Procon poderia adotar providências administrativas e judiciais cabíveis, entre elas o ajuizamento de ação civil pública contra diretores e administradores, aplicação de multas e interdição das atividades do estabelecimento.

Também através de nota lançada nesta quarta-feira (15), a Fiji Solutions se manifestou sobre o caso aos clientes e disse que está impossibilitada de sacar os recursos mantidos em determinadas corretoras custodiantes.

“O diretor de tecnologia da empresa, responsável por gerenciar o acesso às corretoras, afirma que a restrição de saque decorre de um problema cadastral nas corretoras, ocasionado pelo ‘bloqueio’ do e-mail utilizado para cadastro e movimentação de tal conta”, afirma trecho da nota divulgada pela Fiji Solutions.

Confira na íntegra a nota do Ministério Público da Paraíba:

O promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra, confirmou que há um procedimento instaurado (002.2023.009595) naquele órgão para acompanhar uma suposta crise da empresa Fiji Solutions, que negocia com criptomoedas. Segundo o representante do Ministério Público da Paraíba, até o momento, os sócios da empresa atenderam às notificações da promotoria, foram ouvidos, apresentaram as documentações requeridas.

Durante depoimento, um dos sócios ratificou que estaria com problemas técnicos para autorizar repasses, mas apresentou documentação que comprovaria que a empresa dispõe de fundos e liquidez para saldar os compromissos com os investidores.

“Recomendamos que a empresa empreenda – por todos os meios legais necessários – todas as tratativas junto à Kucoin para solução da demanda existente e pagamento aos clientes, no prazo de 72 horas, e que comprove, ao Ministério Público, todos os atos realizados para solução da problemática existente, e que apresente cópia dos documentos pessoais dos sócios da empresa (Identidade, CPF e Passaporte). Continuaremos acompanhando essa e outras situações envolvendo empresas de criptomoedas atuando na região a fim de garantir, no que couber ao Ministério Público, os direitos dos consumidores”, explicou Sócrates Agra.

Os sócios da empresa também foram advertidos de que, na hipótese de não atendimento ao que foi recomendado, o MP-Procon poderia adotar providências administrativas e judiciais cabíveis, entre elas o ajuizamento de ação civil pública contra diretores e administradores, aplicação de multas (Art. 56, I, CDC) e interdição das atividades do estabelecimento.

Veja a nota Fiji Solutions aos clientes: