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Crise financeira na Gol encaminha companhia aérea para pedido de recuperação judicial
25/01/2024 / 09:00
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A Gol perdeu o crédito junto a distribuidores de combustível em alguns dos aeroportos mais importantes do país e a empresa agora tem que pagar à vista para abastecer as aeronaves, segundo fontes ouvidas pela coluna Capital, do jornal O Globo.

O caso surge em meio a um possível pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. De acordo com a publicação, a companhia aérea enfrenta sérios problemas de fluxo de caixa e está há seis meses tentando uma reestruturação de dívida com arrendadores de avião e credores financeiros. A companhia tem uma dívida total de R$ 20,3 bilhões, sendo que ao menos R$ 3 bilhões são pagamentos com vencimento em curto prazo.

Em nota, a empresa afirmou que “continua seus esforços anunciados anteriormente para melhorar sua lucratividade e fortalecer seu balanço”. Posteriormente, acrescentou que “não tem problema com abastecimento de combustível e que não houve nenhuma mudança nas condições de pagamento”, declarou nesta quarta-feira (24).

Na última semana, a Gol confirmou que mantinha negociações com credores sobre uma possível reestruturação “consensual” da dívida. Questionada pelo Estadão/Broadcast sobre a possibilidade de pedir recuperação judicial no curto prazo, a Gol informou que discute com seus credores diversas opções “que tragam maior flexibilidade financeira, incluindo capital adicional para financiar as operações”.

Com problemas relacionados à dívidas elevadas, a companhia contratou, em dezembro, a Seabury Capital com o objetivo de realizar uma revisão da estrutura de capital envolvendo a gestão de passivos, transações financeiras e outras medidas para aumentar a liquidez da empresa.

O combustível representa cerca de 40% dos custos de uma companhia aérea no Brasil. As distribuidoras de combustível oferecem crédito para as companhias aéreas pagarem pelo consumo do querosene de aviação em 30, 60, 90 ou até 120 dias.