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Entenda as diferenças: Dengue, H1N1 e Covid-19 ; sintomas, contágio e prevenção
20/03/2024 / 14:10
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Foto: reprodução

As chuvas de março trazem consigo uma explosão de casos de uma doença já conhecida entre os brasileiros. A dengue, que já atingiu mais de 500 mil pessoas em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, é uma delas.

Febre, dores de cabeça e no corpo, cansaço e mal-estar são alguns de seus sintomas, mas essas também costumam ser manifestações relatadas por quem contrai covid-19 e H1N1.

O administrador de empresas Ricardo Rivas tomou um susto quando recebeu o diagnóstico de dengue. Com cansaço, fadiga intensa e dor no fundo dos olhos, ele decidiu procurar um médico no terceiro dia dos sintomas que, segundo ele, evoluíram muito rápido.

“Foi tudo muito rápido. No terceiro ou quarto dia, eu sentia muita febre e sangramento na gengiva”, disse. “Fiquei muito assustado porque é uma doença que a gente não tem remédio a tomar, né? Era remédio pra dor e febre. E a questão do sangramento era o que mais incomodava porque a gengiva ficou bastante inflamada e eu sangrei muito, a ponto de acordar à noite com o travesseiro com muito sangue”, completou.

Ricardo Rivas

Ele conta ainda que os sintomas foram mais assustadores que os da Covid-19. E que duraram de 10 a 12 dias, mas que mesmo hoje segue com indisposição e cansaço.

H1N1, covid-19 ou dengue são doenças causadas por vírus

Segundo o infectologista Fernando Chagas, com quem o Portal F5 Online conversou, alguns sinais, como o modo de evolução dos sintomas, podem dar pistas sobre cada uma das enfermidades, porém apenas um exame de sangue pode confirmar o diagnóstico.

Foto: Fernando Chagas, Infectologista

Em comum, todas essas doenças são causadas por vírus. No entanto, eles são distintos: a covid-19 é provocada pelo vírus Sars-CoV-2, da família do coronavírus, a H1N1 é causada pelo vírus da família Influenza, já a dengue é causada pelo Flavivírus”, explica.

As formas de contágio variam, com covid-19 e H1N1 transmitidos por gotículas respiratórias e a dengue pelo mosquito Aedes aegypti. Chagas explica que reconhecer essas diferenças é essencial para implementar medidas preventivas adequadas, como uso de máscara e higienização das mãos para covid-19 e H1N1, e controle do mosquito para dengue.

Os sintomas de cada doença

A dengue é uma infecção viral transmitida principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti, que também transmite outros vírus como chikungunya, febre-amarela e Zika.

Os sintomas específicos de cada doença também ajudam na identificação. A dengue apresenta febre alta, dores musculares e articulares intensas, além de sintomas gastrointestinais, enquanto a covid-19 se manifesta com febre, tosse seca, dificuldade respiratória e perda de olfato e paladar. Já a H1N1 causa febre, tosse, dor de garganta e sintomas semelhantes aos da gripe, explica o médico.

Vacinas

Foto: reprodução

Entender as diferenças entre as vacinas também é importante. Para isso, Fernando Chagas explica abaixo os detalhes e características de cada uma delas.

Vacinação contra o H1N1 (Influenza A)

Anualmente, a vacina contra o vírus H1N1 é preparada para combater a gripe sazonal, contendo as cepas previstas para circular na temporada em questão.

“A imunização contra a gripe, incluindo o H1N1, é recomendada anualmente para grupos de risco, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com condições médicas crônicas. Na rede pública, é oferecida a vacina trivalente, protegendo contra duas cepas da Influenza. Já na rede privada, está disponível a vacina tetravalente, que abrange quatro cepas da doença“.

Vacina contra a Covid-19

Desenvolvidas rapidamente em resposta à pandemia do coronavírus SARS-CoV-2, as vacinas contra a Covid-19 são produzidas por diferentes fabricantes e utilizam diversas tecnologias, como mRNA, vetor viral e proteína viral.

“Essas vacinas passaram por testes clínicos rigorosos para garantir sua segurança e eficácia antes de serem autorizadas para uso emergencial ou regulamentadas. Atualmente, são a principal ferramenta de controle contra a disseminação do vírus, protegendo contra casos graves e contribuindo para a saúde pública”, explica Chagas”.

Vacina contra a dengue

A vacina contra a dengue é tetravalente, visando prevenir a infecção pelos quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), além de reduzir a gravidade da doença em casos de infecção.

“Recomendada para pessoas que vivem ou viajam para áreas endêmicas de dengue, sua eficácia e segurança variam de acordo com o histórico de infecção do indivíduo e a prevalência dos sorotipos na região. A vacina disponível na rede privada é a Qdenga, fabricada pela farmacêutica Takeda, que utiliza tecnologia avançada e pode ser administrada mesmo em pessoas sem histórico de exposição à doença”, conclui Chagas.