João Pessoa 28.13ºC
Campina Grande 23.9ºC
Patos 27.16ºC
IBOVESPA 127256
Euro 6.40205
Dólar 5.8396
Peso 0.00540873
Yuan 0.77346078
Entenda os motivos do pedido de suspensão da nomeação Alanna Galdino para cargo no TCE-PB
20/03/2025 / 19:48
Compartilhe:
Alanna e Adriano Galdino – Foto: reprodução

O Ministério Público de Contas (MPC) pediu, nesta quinta-feira (20), que fosse suspensa a nomeação de Alanna Galdino para o cargo de conselheira no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).

O documento assinado pelas procuradoras Isabella Barbosa Marinho Falcão e Sheylla Barreto Braga de Queiroz levam em conta alguns fatores que questionam a indicação da filha do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino. Entre eles estão:

A celeridade com que o processo foi conduzido: após o encerramento das inscrições dos candidatos, em 14 de março, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a indicação de Alanna em 17 de março, dispensado a sabatina da candidata. No dia seguinte, o nome dela foi aprovado em votação no plenário pela maioria dos deputados. Horas depois, o governador João Azevêdo oficializou a sua nomeação ao cargo;

Desrespeito os princípios da moralidade administrativa: o MPC considera que a nomeação configura nepotismo indireto, porque Alanna é filha do presidente ALPB, órgão que é responsável pela indicação; a existência de conflito de interesses já que o próprio Adriano Galdino coletou as assinaturas de apoio à sua filha entre os deputados; e o fato de ela ter sido candidata única sem qualquer questionamento;

Ausência de qualificação técnica e possível influência política: ela não teria a qualificação e a atuação exigidas pelo regimento do TCE-PB, que é conhecimento notório e experiência em direito, contabilidade, economia, finanças ou administração pública. Alanna é formada em Direito, mas não possui registro na OAB, e é graduanda em medicina. Além disso, como o cargo é técnico e fiscaliza as contas do governo e da ALPB, ela seria responsável por julgar os orçamentos de seu próprio pai.

Agora, o conselheiro Nominando Diniz será o relator do processo e terá 30 dias para analisar os requisitos constitucionais para a posse de Alanna Galdino para o cargo de conselheira.

+ Receba as notícias do F5 Online no WhatsApp