Vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) foi nomeado oficialmente nesta sexta-feira (4) pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para o Cargo Especial de Transição Governamental. A partir de agora, o coordenador pode formar uma equipe com até 50 pessoas para ter acesso a dados da administração pública e trabalhar nas primeiras medidas relacionadas ao novo governo.

Entre as já anunciadas pela equipe de Lula está uma PEC para viabilizar investimentos e programas socais do PT fora do teto de gastos. A proposta de emenda à Constituição propõe autorizar despesas acima do teto, incluindo a continuidade do auxílio de R$ 600 do governo federal, que deve voltar a se chamar Bolsa Família.

Integrantes da transição falam ainda na necessidade de R$ 15 bilhões para completar o gasto mínimo na Saúde. Na próxima terça-feira (8) está acertada uma reunião para definir o valor final da PEC, que pode ultrapassar os R$ 100 bilhões. Agentes do mercado dizem que uma PEC “sem limite” teria uma repercussão péssima.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, tem dito a aliados que a sigla não deve apresentar candidato próprio na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2023. Apesar de não haver definição sobre quem os petistas vão apoiar, interlocutores da legenda elaboram uma lista de projetos que podem ser do interesse do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em troca de uma tramitação rápida da PEC da transição. As informações são da Folha de S. Paulo.

A votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) até dezembro é considerada fundamental para o primeiro ano da gestão Lula e Lira pode ditar o ritmo de análise na Câmara. Tanto Lira quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco irão disputar a reeleição pelos cargos de chefia que ocupam no Congresso.