SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O escritor Paulo Coelho, 73, prestou uma homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo, morto por complicações de Covid-19 na noite desta terça-feira (4), e também utilizou frases negacionistas para protestar sobre a pandemia.
Coelho classificou como assassinos todos que se eximiram de suas obrigações e não providenciaram medidas para o combate à doença. “Assassinos de Paulo Gustavo: quem dizia ‘é só uma gripezinha’, ‘não passa de 200 mortes’, ‘cloroquina resolve'”, começou.
A lista continuou: “‘gente morre todo dia’, ‘lockdown destrói o país’, ‘máscara nos faz respirar ar viciado’, ‘eu obedeço o comandante’, e por aí vai. Canalhas da pior espécie”, completou o autor que já vendeu cerca de 320 milhões de exemplares de seus 30 livros.
Nas citações feitas pelo renomado autor da Academia Brasileira de Letras há frases que foram ditas pelo presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o escritor também retuítou uma mensagem da jornalista e ativista Milly Lacombe, que dizia: “Paulo Gustavo é mais uma vítima de genocídio. Um genocídio com a assinatura de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.”
O humorista foi casado com o médico Thales Bretas e deixa dois filhos: Gael e Romeu. Paulo Gustavo estava internado na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital no Rio de Janeiro desde o dia 13 de março com Covid-19.
Uma semana após a internação, ele teve de ser intubado porque estava com dificuldade para respirar. No dia 2 de abril, piorou e precisou da ajuda de uma espécie de pulmão artificial usado apenas nos casos mais graves. Um mês depois, teve uma embolia gasosa que se espalhou em decorrência de um rompimento do tecido do pulmão.
A trilogia “Minha Mãe É uma Peça”, estrelada por seu alter ego Dona Hermínia, vendeu cerca de 22 milhões de ingressos. O terceiro longa ostenta atualmente o título de maior bilheteria de filme nacional de todos os tempos, com uma renda bruta de R$ 143,9 milhões.