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Especialista alerta para a importância do cuidado pré-natal na prevenção de perdas gestacionais
28/07/2025 / 09:34
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Perdas gestacionais infelizmente ainda fazem parte da realidade de muitas mulheres brasileiras. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2024 foram registrados 22.919 óbitos fetais e 19.997 óbitos neonatais (até 28 dias de vida). O país tem como meta reduzir a razão de mortalidade materna para menos de 30 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030.

Para contribuir com a conscientização sobre o tema e orientar gestantes e famílias, o ginecologista e obstetra Dr. Guilherme Carvalho (CRM 7011-PB) reuniu dicas essenciais sobre prevenção e explica os principais tipos de perdas que podem ocorrer ao longo da gestação.
De acordo com o especialista em Reprodução Humana pelo Hospital Sírio Libanês, é fundamental compreender que a perda gestacional pode ocorrer em diferentes estágios e por diferentes motivos.

“Existem perdas precoces, geralmente até a 20ª semana, chamadas de abortos espontâneos. Também há a morte fetal, que ocorre após esse período, além da gravidez ectópica, quando o embrião se desenvolve fora do útero, e a gestação anembrionária, sem formação do embrião”, explica.
Entre os principais fatores de risco estão infecções, alterações hormonais, má formação fetal, trombofilias, doenças autoimunes e histórico de abortos anteriores.

No entanto, com acompanhamento médico adequado, muitas dessas condições podem ser identificadas e tratadas a tempo. “Fazer o acompanhamento desde o início permite identificar problemas silenciosos que podem levar a complicações. Além disso, manter hábitos saudáveis, estar com as vacinas em dia e fazer uso de ácido fólico são atitudes que contribuem significativamente para uma gestação segura”, reforça.

As principais causas são as síndromes cromossômicas. De 40% a 60% dos casos de interrupção da gestação são ocasionados por Síndromes como Down, Patau, Edwards, mas ainda assim a gestante que passa por esse tipo de perda tende a se culpar. É importante conscientizar a gestante, em especial a família e as pessoas que são rede de apoio de que, nesses casos específicos, não havia nada que ela pudesse ser feito. Não foi uma negligência da gestante, ao contrário, ela é a principal vítima numa perda gestacional”, explica Dr. Guilherme.

Em casos de perdas anteriores, o acompanhamento emocional também é indispensável. O médico lembra que o acolhimento psicológico e o suporte familiar fazem parte do processo de cuidado com a saúde da mulher. Para as gestantes e mulheres que desejam engravidar, a recomendação é clara: procure orientação médica, mantenha exames atualizados e siga um estilo de vida saudável. “Prevenir é sempre o melhor caminho, mas antes do teste de gravidez positivo e bem antes da criança nascer, proporcionar um ambiente emocional acolhedor, saudável e feliz para mãe e bebê também é fundamental”, reforça o especialista.

Dicas de prevenção:

  • Pré-natal precoce e regular
  • Controle de doenças pré-existentes
  • Suplementação de ácido fólico
  • Vacinação em dia
  • Saúde emocional e suporte psicológico

Mais sobre Dr. Guilherme Carvalho – Médico formado pela Universidade de Pernambuco (UPE), atua há mais de 15 anos na Paraíba. Professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e presidente do Instituto Paraibano de Ensino em Ginecologia e Obstetrícia – IPEGO. Possui residências médicas em Reprodução Humana e Ginecologia e Obstetrícia pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP. Também tem pós-graduação em Reprodução Humana pelo Hospital Sírio Libanês, referência nacional na área da saúde. Nutrólogo, se destaca pelo atendimento humanizado e ampliado no tratamento feminino, sendo coordenador do Instituto de Saúde Integrada da Mulher (Instituto Sim), com sede em João Pessoa e Sousa.

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