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Especialista aponta a importância dos exercícios físicos no tratamento após Covid-19
28/06/2021 / 11:23
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Franca, 21 de junho de 2021. – Cerca de 76% de pacientes que enfrentaram a Covid-19 apresentam sintomas prolongados ou diversas sequelas causadas pela doença, conforme os resultados de uma pesquisa publicada no periódico científico The Lancet. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a doença que já infectou mais de 17 milhões de brasileiros, trouxe consequências como a inatividade física e até dificuldade para realizar tarefas básicas do dia a dia.

De acordo com Cristian Ribeiro Gonçalves, Doutorando e Mestre em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, as disfunções causadas pela doença são conhecidas como síndrome pós-cuidados intensivos. Elas podem acometer pessoas de qualquer faixa etária e são caracterizadas por episódios de fadiga, disfunção muscular, dor e dispneia (falta de ar ou dificuldade para respirar).

Neste momento, o papel dos profissionais de educação física mostra-se imprescindível, já que a combinação entre o treinamento aeróbico e de resistência podem trazer mais qualidade de vida aos alunos em recuperação.

“O treinamento físico é o tratamento não-medicamentoso mais poderoso e menos invasivo. Nós trabalhamos com exercícios aeróbicos e anaeróbicos, visando o trabalho do miocárdio e da musculatura periférica para contribuir com uma melhor recuperação”, relata.

O especialista também explica que a prática dos exercícios em intensidade moderada aumenta a circulação de células imunes e reduz o risco de danos pulmonares resultantes dos estímulos causados pelas células inflamatórias. “A prática regular nessa intensidade vai atingir positivamente o sistema imunológico do indivíduo, tendo em vista que é uma pessoa em recuperação de um vírus forte. Assim, os exercícios ajudam na imunidade celular e diminuição ao risco de infecção e reinfecção”, aponta.

Ainda de acordo com o professor, o treinamento em alta intensidade para pessoas em recuperação da Covid-19 pode causar efeito contrário ao de potência moderada. “O treino de alta intensidade é primordial para o desempenho atlético, mas estamos falando de pessoas que passaram por uma doença que causa problemas respiratórios graves. Por isso, em primeiro momento, é indicado exercícios físicos de energia baixa e moderada”, ressalta.

Por fim, Cristian recomenda que o aluno faça, em conjunto com o profissional de educação física, testes de esforço antes da prescrição da rotina diária de exercícios. Dessa forma é possível conhecer os limites do indivíduo para obter uma recuperação mais saudável, positiva e menos dolorosa.