A pesquisa “Perspectivas do mercado de trabalho para graduados”, realizada pela ZipRecruiter, apontou quais as soft skills mais procuradas pelos empregadores. Além delas, o levantamento destacou que, para 93% das companhias, as habilidades sociais são tão importantes quanto a formação técnica (hard skills). Questões como inteligência emocional, empatia e resiliência são destaques entre as habilidades mais procuradas pelas empresas.

O estudo detectou um intervalo entre as aptidões exigidas pelo mercado e as habilidades daqueles que buscam uma oportunidade de emprego, o que tem sido um problema e continuará sendo, além de um ponto de atenção para os próximos anos. O que os empregadores procuram é um conjunto de conhecimentos e capacidades que vão além da técnica, envolvendo, também, o lado comportamental, essenciais para o sucesso profissional.

Segundo o relatório, a falta de soft skills continua em alta pois as habilidades demandadas por empregadores estão mudando e vão continuar nessa mudança pelos próximos cinco anos. As principais habilidades que os empregadores veem com destaque até 2025 incluem grupos com pensamento crítico e análise, bem como resolução de problemas e habilidades de autogerenciamento, como aprendizado ativo, resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade.

Em média, as empresas estimam que cerca de 40% dos trabalhadores precisarão de requalificação e 94% dos líderes empresariais relatam que esperam que os funcionários adquiram novas habilidades no trabalho, um aumento acentuado de 65%, se comparado a 2018.

A partir das conclusões do relatório, Paulo Vieira, master coach e presidente da Febracis, PhD em Business Administration, aponta cinco habilidades fundamentais para quem quer conquistar uma vaga no mercado de trabalho e se estabelecer como um “profissional do futuro”.

Autorresponsabilidade

Está associada à nossa capacidade de nos responsabilizarmos por tudo aquilo que acontece em nossas vidas. Aquilo que é positivo ou negativo, e também o que nos influencia direta ou indiretamente.

Inteligência emocional

É sustentada por dois pilares essenciais: as competências emocionais pessoais e as competências emocionais sociais. Elas representam as habilidades necessárias para viver de forma positiva, em equilíbrio consigo e com o mundo e dominá-las é essencial.

Empatia

Perceba as emoções alheias, compreenda seus pontos de vista e se interesse ativamente por suas preocupações. Em uma discussão, não significa necessariamente renunciar a suas convicções, mas buscar entender os argumentos do outro e ceder quando necessário.

Resiliência

Para conquistar seus objetivos, é preciso saber que depois da tempestade, sempre vem a bonança. Profissionais resilientes são proativos, determinados e sabem lidar com momentos de pressão e estresse. A habilidade de resiliência é complementar à capacidade de autogerenciamento e à orientação para soluções. Um combo desses atributos é, certamente, um indicativo de êxito no mundo corporativo.

Pensamento crítico

Capacidade analítica, facilidade para interpretar dados, curiosidade e perfil questionador são competências valorizadas no ambiente corporativo. Afinal, quem demonstra interesse em analisar e questionar processos apresenta mais chances de contribuir para a dinâmica da empresa e, assim, alcançar melhores resultados.

Autoconhecimento

Trata-se da maneira com a qual uma pessoa enxerga a si mesma. Não é, portanto, a forma como as pessoas entendem e percebem você, em diferentes meios e situações. Quanto melhor for o seu autoconhecimento, mais você vai identificar as questões que te motivam e, também, aquelas que pouco estimulam a sua resposta e busca por objetivos e conquistas.